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Polícia Brasil
Quinta - 09 de Fevereiro de 2006 às 13:27

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Os restos mortais do juiz Leopoldino Marques do Amaral, assassinado a tiros e que ainda teve o corpo parcialmente carbonizado em cinco de novembro de 1999, será exumado na manhã do próximo sábado, dia 11. O juiz foi sepultado no jazigo da família Amaral na cidade de Poconé, cidade da Baixada Cuiabana, a 100 km da Capital.

A exumação foi confirmada pelo médico odontolegista Celso Serafim, coordenador geral de Medicina Legal, que vai acompanhar os trabalhos de novas perícias que será chefiado pelo delegado Márcio Pieroni, atualmente titular da Delegacia de Defesa da Natureza.

A exumação, segundo Serafim foi uma determinação do juiz Pedro Sakamoto, da Vara de Defesa da Natureza. “Só estamos aguardando a disponibilidade do delegado Márcio Pioroni. Em princípio a exumação já determinada pelo juiz Sakamoto, está marcada para a próxima terça-feira”, afirmou Serafim.

A reportagem tentou entrar em contato com o delegado Márcio Pieroni, mas não o localizou. A exumação, no entanto, pode estar ligada às declarações da ex-escrevente do Fórum Civil de Cuiabá, Beatriz Árias. Ela afirmou em juízo que o magistrado está vivo. Beatriz foi acusada e condenada a 12 anos de reclusão como co-autora do assassinato do magistrado.

O coronel do Exército e médico legista Alinor Costa, então coordenador geral da Coordenadoria de Medicina Legal, responsável pelo Instituto Médico Legal (IML), que também acompanhou a necropsia no corpo de Leopoldino, garante que foi feito um exame de DNA fora de Cuiabá, cujo resultado confirmou a identificação do juiz Leopoldino com 99,99% de certeza.

“Não temos a menor dúvida do resultado do DNA. Só se o juiz ressucitou. Alias, se isso aconteceu, foi o segundo caso de ressucitação, pois a primeira foi de Jesus Cristo”, afirmou Alino Costa em tom de ironia.

A família do magistrado também não tem nenhuma dúvida sobre a identificação do corpo do juiz Leopoldino Marques do Amaral. “Não temos agora, e nunca tivemos dúvidas da morte do nosso pai”, afirmou Leopoldo do Amaral, filho de Leopoldino.

O corpo que seria do juiz Leopoldino do Amaral foi encontrado com dois tiros na cabeça e parcialmente carbonizado no dia sete de setembro de 1999, na cidade de Concepción no Paraguai. Na época a família fez o reconhecimento do corpo.

Dois anos depois a escrevente do Tribunal de Justiça foi condenada pelo Tribunal do Júri a 12 anos de prisão por co-autoria no assassinato.

O motorista de táxi Marcos Peralta, tio de Beatriz, foi apontado como o autor dos tiros que mataram o juiz. Ele foi preso no Paraguai, mas morreu antes de ser extraditado para o Brasil.

O empresário Josino Guimarães acusado de ser o intermediador no crime não foi julgado até hoje. As investigações nunca chegaram ao mandante da execução.

Meses antes de ser assassinado o juiz Leopoldino havia denunciado desembargadores de Mato Grosso de estarem vendendo sentenças.

"Não tenho medo de nada, quando eu denuncio uma coisa eu vou até o final. Então eu não vou parar a não ser que eles me matem". O juiz também foi acusado de desviar dinheiro da Vara de Família e Sucessões da qual era titular.





Fonte: 24 Horas News

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