Lideranças querem 19km de asfalto por crescimento

“Temos que ´brigar´ por nossa região. Esse asfalto vai fazer crescer Mirassol, Quatro Marcos, Glória D´Oeste e outros dez municípios. Se ficarmos trocando tapinhas nas costas, seremos empurrados por mais quatro anos”.

O alerta partiu de um dos representantes políticos da região Sudoeste mato-grossense – também conhecida como Grande Cáceres, presentes em encontro com o deputado José Carlos de Freitas (PFL) para reivindicar do governo o asfaltamento de 19 quilômetros da rodovia MT-339.

“Precisamos fazer uma cobrança séria e saber se, pelo menos, essa obra está no papel. Senão, está difícil”, completou o ex-vereador e dirigente partidário de São José dos Quatro Marcos (343km de Cuiabá) – onde ocorreu o encontro, Assis Elias Moura.

A MT-339 corta o município de Glória D’Oeste (340km da capital) e interliga o sistema da BR-364 à rodovia MT-175, que nasce no entroncamento com a BR-174 (Cáceres-250km a Pontes e Lacerda-483km) – no sentido Mirassol D’Oeste (329km). Vários fatores transformam a MT-339 em rodovia estratégica para a região e, por via indireta, também para o Estado. Ela cruza Mirassol, São José dos Quatro Marcos, Araputanga (371km), Indiavaí (398km), Figueirópolis D’Oeste (402km) e Jauru (463km).

Além disso, é tida como “de vital importância” porque: a) interliga toda a fronteira Brasil-Bolívia – na região de Mato Grosso – com os municípios que estão no âmbito da MT-175; b) possibilita o escoamento da produção agrícola; e c) para a pecuária, se transforma no corredor para abastecimento dos três frigoríficos da região (situados em Araputanga, São José dos Quatro Marcos e Mirassol D’Oeste).

A rodovia MT-339 também une Curvelândia (311km), Rio Branco (367km), Salto do Céu (383km) e Reserva do Cabaçal (312km) e Lambari D’Oeste (327km) – através deste, ela liga a região a todos os municípios do Médio Norte mato-grossense. “O asfaltamento dos 19km da MT-339 – no referido trecho – vai beneficiar, ainda, o transporte de pacientes que moram na área de fronteira (principalmente de Porto Esperidião com a Bolívia) para os centros de atendimento em saúde mais próximos, e de centenas de estudantes de outros municípios que se deslocam diariamente para as faculdades instaladas em São José dos Quatro Marcos e Araputanga”, completou Freitas.

Por conta dessa discussão, o parlamentar conseguiu um abaixo-assinado junto às autoridades e lideranças locais para reforçar seu pedido ao Governo do Estado; solicitou agendamento de audiência com o governador Blairo Maggi; encaminhou ofício ao secretário-chefe da Casa Civil, Luiz Antônio Pagot, sobre a obra; e já tem pronta indicação sobre o assunto para apresentar durante a primeira sessão plenária de 2006, ocasião em que será votada. O documento oficializa – junto ao governo – todas as ações de Freitas em torno do assunto.

O deputado José Carlos Freitas ressaltou que essas medidas e argumentações são importantes para mostrar ao governador Blairo Maggi o valor de uma equação cuja relação custo-benefício será amplamente favorável e satisfatória.

A obra que desejamos vai fortalecer os municípios beneficiados, garantir autonomia para a região e dar tranqüilidade ao governo. Melhor ainda: com baixo custo em função da reduzida extensão da estrada – apenas 19 quilômetros. Devemos acreditar no bom senso e na visão do governador e do secretário Pagot. É por isso que também iremos tratar pessoalmente, sobre o assunto, com ambos”, concluiu Freitas.