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Internacional
Quarta - 08 de Fevereiro de 2006 às 15:30

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O primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, anunciou hoje que autorizará o pagamento de auxílio aos parlamentares que são deputados do Sinn Féin. Estes deputados deixaram de receber o benefício ano no passado por supostas atividades criminosas do IRA na Irlanda do Norte.

Diante da oposição dos parlamentares dos partidos unionistas do Ulster, Blair explicou na Câmara dos Comuns que a decisão de liberar os pagamentos, que estão na faixa de meio milhão de libras anuais, segue a recomendação da Comissão Independente de Controle (IMC, na sigla em inglês).

A comissão confirmou em seu relatório, apresentado na semana passada aos Governos de Londres e Dublin, que os republicanos progrediram em se transformar em uma organização puramente política, cumprindo assim com a declaração de paz assinada em julho de 2005, em que anunciaram o fim da "luta armada".

No entanto, a Comissão denunciou também que há membros do IRA envolvidos em aparentes trabalhos de espionagem e em atividades criminosas, como contrabando e lavagem de dinheiro.

Respondendo as críticas do Partido Democrático Unionista, o premier britânico argumentou que, apesar dos indícios de atividade criminosa serem preocupantes, também deve se reconhecer o compromisso do IRA e do seu braço político, o Sinn Féin, com o processo de paz.

Blair lembrou que o auxílio financeiro correspondente aos deputados do Sinn Féin membros do Parlamento de Londres foram cancelados em março de 2005 por recomendação da própria Comissão Independente.

A IMC sugeriu a suspensão do benefício após o assassinato de Robert MacCartney e do roubo de 40 milhões de euros do Northern Bank, banco norte-irlandês. Ambas as ações foram atribuídas ao IRA.

"A IMC recomenda que as sanções econômicas sejam levantadas.

Portanto, vamos seguir a recomendação", disse Blair.



Os deputados unionistas criticaram o fato de que se pague aos cinco parlamentares do Sinn Féin quando eles se negam a ocupar suas cadeiras, já que isso significaria fidelidade à Coroa britânica.





Fonte: EFE

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