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Internacional
Sexta - 03 de Fevereiro de 2006 às 15:33

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Caracas - O adido da Marinha americana expulso pela Venezuela acusado de espionagem, comandante John Correa, chegou aos Estados Unidos nesta sexta-feira. "O adido da Marinha dos Estados Unidos em Caracas foi ordenado a voltar aos Estados Unidos devido a novas tarefas que ele deverá cumprir", disse o porta-voz do Pentágono, tenente coronel Mark Ballesteros, à Associated Press em um telefonema de Washington. Ballesteros se recusou a dizer os motivos que fizeram Correa retornar, explicando que o Pentágono não discute os detalhes à respeito de transferências de seu pessoal.

A embaixada americana negou que qualquer de seus adidos militares tenham feito algo de errado, e o embaixador disse esperar uma explicação dos motivos que levaram à expulsão de Correa.

Nesta semana, Chávez se referiu ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, como "Sr. Perigo", enquanto o secretário da defesa americano, Donald Rumsfeld, comparava o líder venezuelano com Adolf Hitler. Enquanto isso a inteligência norte-americana se preocupa com o aprofundamento dos laços entre Caracas, Coréia do Norte e Irã.

Chávez tem, repetidamente, acusado o governo americano de estar espionando e tramar para depô-lo. Autoridades americanas negaram as acusações, mas expressam preocupação com a saúde da democracia na Venezuela.

O presidente venezuelano avisou que se descobrir mais alguma evidência que alegue espionagem, ele expulsará toda a missão militar da embaixada americana. A embaixada possui 21 militares na Venezuela. O líder da Venezuela chegou, nesta sexta-feira, em Cuba para encontrar com seu aliado mais próximo, Fidel Castro, e receber o prêmio Jose Marti oferecido pela UNESCO.



Embargo americano A empresa aeronáutica EADS-CASA conseguiu uma prorrogação de 30 dias para buscar uma alternativa no mercado europeu ao problema que surgiu a partir da recusa dos Estados Unidos em ceder tecnologia usada nos aviões C-295, que a Espanha pretendia vender à Venezuela.

Fontes do setor disseram à EFE que a prorrogação foi concedida pelo governo da Venezuela para que a companhia possa garantir a execução do contrato de venda de doze unidades do modelo C-295 ou permita a renegociação.

O problema é a busca, nos mercados europeus, dos componentes de tecnologia sofisticada - em muitos casos "secretos" - que a indústria americana fornece a estes aviões militares, o que tornaria a operação muito mais cara.

O C-295 é um avião de transporte militar projetado pela indústria espanhola CASA, integrada no consórcio europeu EADS, a partir do modelo CN-235, que tem maior capacidade e alcance e uma nova potência, que possibilita 50% a mais de carga.

A aeronave tem características especiais de vôo a baixa altura para penetrações táticas. Sua carga máxima é de mais de nove toneladas e pode alcançar uma velocidade de até 260 nós (480 km/h).

A arquitetura flexível e o uso de equipamentos de tecnologia dual civil/militar garantem o cumprimento das missões táticas mais comuns, e permitem operar de acordo com as normas civis mais recentes.

A assinatura do contrato foi feita em janeiro de 2000, e as entregas começaram em 2001. Atualmente, os C-295 realizam missões antes reservadas aos C-130 Hercules, com custo muito inferior.

A Força Aérea polonesa também adquiriu oito aviões C-295 em 2001. A Marinha dos Emirados Árabes Unidos escolheu este modelo para suas missões de patrulha marítima.

Também foram vendidas unidades deste modelo para o Brasil (12 aparelhos) e para a Jordânia (2 aviões).




Fonte: Agência Estado

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