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Esportes
Sexta - 03 de Fevereiro de 2006 às 14:04

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Apesar de garantir já ter superado a queda na final do Mundial de Melbourne (Austrália), que lhe custou a perda do título mundial no solo, em novembro do ano passado, a ginasta brasileira Daiane dos Santos contou em entrevista exclusiva ao Terra Esportes que sente falta de trabalhar com um psicólogo. "O trabalho psicológico é chave. Acho que todo atleta que já teve a experiência de ter um psicólogo sabe o quanto é importante", disse Daiane, que já teve uma profissional da área à disposição pela Confederação Brasileira de Ginástica, mas atualmente não tem tempo em sua agenda para as sessões.

"A partir do momento que eu errei no Mundial, que eu vi que tinha caído e perdido a medalha, foi voltar para trabalhar de novo. É a única coisa que dá para fazer. Eu nunca fui de me desesperar", completou.



Com o primeiro compromisso do ano marcado para março, quando será disputada a etapa de Lyon (França) da Copa do Mundo, Daiane falou ainda sobre as dificuldades para colocar em uso sua nova coreografia, "País Tropical", que substitui o "Brasileirinho".

"Eu também acho (que está demorando)", contou. "Estou louca para ver a música pronta, como todo mundo quer. Eu preciso dela rápido, mas é difícil", finalizou.

Confira os principais trechos da entrevista:

Você conseguiu curtir as suas férias do jeito que queria? Consegui. Descansei bastante! Foi o que eu procurei fazer. Mas eu tive só 18 dias de férias...

Já o próximo feriado, no Carnaval, você deve passar treinando. Isso te chateia?

Ah, não que me chateie... Mas eu queria ter Carnaval, não é? Acho que todo mundo gosta do Carnaval e quer curtir um pouco mais. Mas, infelizmente, nós não podemos. Temos que entender isso. Já temos competição agora no dia 16 de março, em Lyon, então não temos como parar. Nosso calendário é feito pelo calendário europeu, então é complicado.

Quais são suas metas a curto e longo prazo? Neste ano, temos como meta principal o Mundial, que acontece na Dinamarca. É a competição que classifica para o Mundial do ano que vem, na Alemanha, que será o Pré-Olímpico. Temos mais cinco ou seis etapas da Copa do Mundo neste ano. No ano que vem, Pan-Americano e, se Deus quiser, Pequim em 2008.

Você disse que lembraria a sua derrota no último Mundial por algum tempo e, para o atleta, a parte psicológica conta muito. Já superou? Conseguiu trazer seu foco de volta?

Eu nunca perdi meu foco. Nunca tive problemas de ganhar ou perder. Acho que isso faz parte do esporte. Se ganha, se perde, se erra e se acerta... Então eu nunca tive problemas com isso. A partir do momento que eu errei no Mundial, que eu vi que tinha caído e perdido a medalha, foi voltar para trabalhar de novo. É a única coisa que dá para fazer. Eu nunca fui de me desesperar: "Ai, perdi! Ai, errei!" Errei, errei. Tem que voltar e tentar de novo.

Você já fez ou pensa em fazer, claro que voltado para esportes, um trabalho com psicólogo? A confederação teve por um bom tempo uma psicóloga. Ela trabalhou muito conosco. Não sei se eles pensam em voltar com esse trabalho. Mas o trabalho psicológico, como você falou, é chave. Acho que todo atleta que já teve a experiência de ter um psicólogo sabe o quanto é importante.

Isso faz falta?

O problema é tempo para fazer isso! Nós estudamos de noite, treinamos de manhã, treinamos de tarde... É difícil achar uma hora de fazer um psicólogo.

Você fez os ajustes que queria no País Tropical? Agora vai embalar? Mexemos na música na semana passada. Fixaram de me mostrar até hoje e ainda não me falaram nada, então eu ainda não sei como está. É que o País Tropical é um pouco mais complicado. A música é mais contínua. É difícil ter uma pausa para colocar a batucada. Então, estão tendo muita dificuldade. Eles estão quebrando a cabeça ao máximo. Espero eu que esteja tudo pronto, porque tenho competição logo já.

Desde que foi feito o anúncio de que você teria uma nova música para as apresentações, a impressão que se passa é de que está demorando para embalar. O que acontece?

A música não está pronta... É isso que acontece. Eles tentam mexer na música e ela não fica boa. É difícil de mexer. Eu também acho (que está demorando). Até eu ir ao estúdio e ver como é complicado para eles, achava que era fácil também. "Ah, é só trocar uma coisinha ou outra" Mas não é assim. É difícil de encaixar o ritmo, de dar o tempo certo. Tem muita coisa que envolve. Eu também estou louca para ver a música pronta, como todo mundo quer. Eu preciso dela rápido, mas é difícil para eles. Estão fazendo as músicas das outras meninas também, o que leva mais tempo. E essa música realmente é mais complicada.




Fonte: Terra

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