Papa concede indulgência plenária em 11/2, Dia Mundial do Doente

O papa Bento XVI decidiu hoje conceder indulgência plenária em 11 de fevereiro, Dia Mundial do Doente, a quem participar de determinados atos religiosos, trabalhar em hospitais e dedicar algumas horas do dia a ajudar os enfermos. O Pontífice decidiu dar uma indulgência plenária a todos os que "participarem devotamente" de uma cerimônia sacra na catedral de Adelaide, na Austrália, ou em outro local estabelecido pela autoridade eclesiástica.

Adelaide foi escolhida como sede do 14º Dia internacional do Doente, em 11 de fevereiro, quando também é celebrada a festividade de Nossa Senhora de Lourdes.

Para obter a indulgência, é necessário cumprir ainda os tradicionais requisitos da confissão, comunhão e reza das preces segundo as intenções do papa, indica o decreto.

A indulgência também será aplicada aos "fiéis" que, em hospitais ou em casa, assistirem como "bons samaritanos" aos doentes, especialmente aos que têm problemas mentais que requeiram "mais paciência, zelo e atenção".

Joseph Ratzinger, em sua mensagem do Dia do Doente, publicado em dezembro, chama a atenção especialmente para as necessidades dos doentes mentais, que nem sempre são aceitos, com suas limitações, pela sociedade.

Os doentes e anciãos que não puderem assistir às cerimônias religiosas também poderão obter a indulgência plenária se participarem "espiritualmente" delas, tiverem a intenção de cumprir o mais rápido possível os três requisitos estabelecidos e "rezarem devotamente" por todos os enfermos.

Bento XVI já concedeu aos fiéis uma indulgência plenária no dia 8 de dezembro, festividade da Imaculada Conceição, por ocasião do 40º aniversário do encerramento do Concílio Vaticano II, que revolucionou a Igreja e a encaminhou para o terceiro milênio.

A indulgência é a redução ou a eliminação das penas decorrentes de um pecado, e pode ser obtida em determinadas condições, se o fiel estiver em estado de graça, segundo explica o "Enchiridion Indulgentiarum", manual das indulgências.