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Nacional
Quinta - 02 de Fevereiro de 2006 às 15:10

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O relatório sobre o deputado José Mentor (PT-SP) deve ser o próximo a ser lido no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara. A fase de instrução do processo termina no próximo dia 9 e a apresentação do relatório está marcada para o dia 14. Mentor foi ouvido pelos parlamentares hoje no Conselho e repetiu o que havia dito na primeira oitiva, em 17 de janeiro, quando o depoimento teve de ser suspenso por conta das votações no plenário da Casa.

O deputado aparece na lista de beneficiários da conta de Marcos Valério de Souza no Banco Rural. No depoimento de hoje, Mentor apresentou notas fiscais e cópia dos dois cheques de R$ 60 mil, cada um, recebidos de Rogério Tolentino, sócio de Marcos Valério, e afirmou que o dinheiro foi por conta de serviços prestados a Tolentino. "Fomos contratados e prestamos serviços. O cliente contratou e está satisfeito, não há nenhum indício, a não ser o de serviços prestados", disse ele.

De acordo com o José Mentor, os trabalhos foram sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal, licitações na área de publicidade e prestação de serviços e direitos trabalhistas.

O relator do processo, deputado Edmar Moreira (PFL-MG), considerou frágil a defesa de Mentor. "É de uma fragilidade inconteste", disse Moreira. Para ele, o mais preocupante é Mentor ser relator da CPMI do Banestado e prestar assessoria para Marcos Valério.

Entre junho de 2003 e fevereiro de 2005, Mentor foi relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Banestado, que investigava a responsabilidade sobre evasão de divisas do Brasil para paraísos fisciais. Na época, ele foi acusado de favorecer o Banco Rural, mas, segundo o

deputado, isso não ocorreu.




Fonte: Agência Estado

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