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Internacional
Quarta - 01 de Fevereiro de 2006 às 17:13

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O Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos, liderado por Michael Chertoff, não apresentou um plano eficaz para responder à crise iniciada com a passagem do furacão Katrina pelo país em 2005, segundo relatório divulgado hoje. O relatório do Departamento de Fiscalização do Governo (GAO, em inglês), que criticou a lenta resposta do Governo do presidente George W. Bush à tragédia, disse que Chertoff deveria ser o contato principal na hora de coordenar a resposta ao fenômeno natural.

O GAO, que é o setor do Congresso responsável por investigações, destaca ainda que, mesmo com a experiência proporcionada pelo Katrina, a Casa Branca ainda não possui planos suficientes para se preparar para novas catástrofes, como a causada pelo furacão.

O documento, divulgado em audiência do comitê especial de investigação da Câmara de Representantes, ressaltou que a falta de uma política clara e de uma hierarquia objetiva prejudicou os trabalhos de resgate e de evacuação das zonas afetadas.

O furacão Katrina atingiu os estados da Louisiana, do Mississippi e do Alabama em 29 de agosto último, e em menor escala a Flórida, deixando mais de mil mortos, milhares de desabrigados e provocando grandes prejuízos na zona do Golfo do México.

O responsável pelo GAO, David Walker, reservou suas críticas mais ferrenhas para Chertoff, ao afirmar que outras agências federais anteciparam procedimentos diante da chegada do fenômeno, mas que este não foi o caso da Agência Federal para a Gestão de Emergências (Fema), órgão ligado ao Departamento de Segurança Nacional.

Chertoff e outros funcionários do Governo não intervieram com rapidez e determinação necessárias, e a atitude geral foi "de esperar que os estados solicitassem ajuda", afirmou Walker.

As críticas contra Chertoff estão entre os pontos principais do relatório preliminar do GAO sobre a administração inicial da crise desatada pelo Katrina e os esforços de evacuação da cidade de Nova Orleans, no estado da Louisiana. Um comitê da Câmara de Representantes deve emitir um relatório final no próximo dia 15.

O Departamento de Segurança Nacional não ofereceu respostas ao relatório do GAO, cujas recomendações para melhorar as ações do Governo são similares às feitas após a passagem do furacão Andrew pela Flórida em 1992.

"Nossa região promoveu uma das evacuações mais bem-sucedidas na história dos EUA. Cerca de 90% dos habitantes foram evacuados, e mais de um milhão de pessoas abandonaram a região em 24 horas.

Conseguimos salvar milhares de vidas", assegurou o prefeito de Nova Orleans, o democrata Ray Nagin, em audiência convocada pelo Comitê de Segurança Nacional do Senado.





Fonte: EFE

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