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Politica Brasil
Sexta - 27 de Janeiro de 2006 às 09:17

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve contatos telefônicos com os chefes de Governo da Alemanha e da África do Sul em uma nova tentativa de impulsionar as negociações no marco da Organização Mundial do Comércio (OMC). Segundo informações divulgadas pela Presidência brasileira, Lula conversou com a chanceler alemã, Angela Merkel, para insistir na importância de convocar uma reunião de líderes de países desenvolvidos e em desenvolvimento para superar os obstáculos que travam o avanço das negociações comerciais multilaterais.

A chanceler concordou que é importante "não perder o ímpeto das negociações" e respondeu que faria "consultas internas e aos demais membros da União Européia sobre o assunto", segundo comunicado emitido pelo Governo brasileiro.

Por outro lado, Lula esteve em contato com o presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, a quem sugeriu organizar um encontro no qual participem chefes de Estado e de Governo por ocasião da Cúpula de líderes progressistas, à qual comparecerá, entre outros, o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair.

Mbeki se mostrou favorável a que a cúpula, que se realizaria nos dias 11 e 12 de fevereiro, seja uma ocasião propicia para debater o tema, segundo o mesmo comunicado.

O Brasil lidera, juntamente com a Índia, o Grupo dos Vinte (G-20), que é integrado por países em desenvolvimento, entre eles alguns dos maiores exportadores agrícolas mundiais.

Os diálogos promovidos por Lula, que também irá à cúpula da África do Sul, estão em sintonia com as recentes ações do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, aproveitando os debates do Fórum Econômico Mundial, que se realiza até o domingo em Davos (Suíça).

Amorim participará de uma reunião ministerial informal nessa cidade suíça, convocada pelo ministro da Economia do país, Joseph Deiss. O encontro será realizado hoje e amanhã, à margem dos debates do Fórum.

O diretor-geral da OMC, o francês Pascal Lamy, também participará da ministerial, considerada crucial para alcançar os objetivos fixados pela Declaração de Hong Kong, um documento adotado ao término da última conferência ministerial da OMC, em dezembro.

Nessa reunião, os países alcançaram um acordo geral para pôr fim, até 2013, aos subsídios às exportações agrícolas na tentativa de evitar o fracasso das negociações, que também incluem o acesso aos mercados dos produtos industriais e de serviços.

Nessa oportunidade, as delegações se comprometeram a continuar negociando para fechar, até abril, um acordo sobre as modalidades concretas para a liberalização do setor agrícola.

Só assim será possível concluir a Rodada do Desenvolvimento de Doha ao final de 2006, como está previsto.





Fonte: EFE

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