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Esportes
Sexta - 27 de Janeiro de 2006 às 08:37
Por: Daniel Akstein Batista

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São Paulo - Quase quatro meses depois do escândalo do apito ter sido desmascarado e de o ex-árbitro Edilson Pereira de Carvalho passar alguns dias na prisão por causa de manipulação de resultados, os erros da arbitragem é que estão dando o tom do Campeonato Paulista.

Mas apesar do assunto Edilson já ser “uma página virada”, como define o presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero, uma coisa é certa: o caso serviu para que a FPF fizesse uma revolução na arbitragem estadual, com a renovação dos árbitros e avaliações feitas através de uma corregedoria e um ranking. Os erros, entretanto, ainda acontecem – e demais.

“Errar sempre vai errar. Não tem jogador que treina pênalti todo dia e erra no jogo?”, comparou Del Nero, que gosta da arbitragem neste começo de campeonato. “Está melhor que no ano passado”, disse. “E estou tendo surpresas e decepções.”

Dos 35 árbitros relacionados para apitar a Série A1, 12 estão no começo de carreira. Esta pouca experiência, aliás, foi um fator do qual o técnico Leão, do Palmeiras, reclamou. “Quando eu trabalho com um jogador, ele já passou pelas categorias de base. Com juiz isso não está acontecendo.” Para o coronel Marcos Cabral Marinho, presidente da Comissão de Arbitragem, esta não é uma desculpa para os erros no Estadual. “Os árbitros novos estão dando mais conta do recado do que os antigos.”

No lance mais polêmico do campeonato, o palmeirense Edmundo acusou um jornalista de ter informado ao auxiliar Flávio Lúcio Magalhães que ele usara a mão para fazer gol contra o Mogi Mirim. “Seria um absurdo se aquele gol fosse validado”, diz Del Nero. Segundo o coronel Marinho, a arbitragem paulista ainda tem muito o que melhorar. “Algumas arbitragens não foram do meu agrado, ainda não estou satisfeito.”

Para avaliar os árbitros, a FPF criou um ranking, que só será atualizado no fim de 2006. “Mas podemos suspender um juiz durante o ano”. Apesar dos erros iniciais, nada de punição por enquanto. “Só vou ter uma boa noção depois de 4 jogos seguidos”, informou. Para o coronel, mais do que apagar a má imagem que a arbitragem deixou depois do caso Edilson, os donos do apito estão com receio da televisão. “Eles ficam preocupados com o que a TV pode mostrar depois.”

Se o Campeonato Paulista começou mal, a Copa Libertadores já iniciou com a mesma polêmica. Na quarta-feira, o Palmeiras venceu o Deportivo Táchira por 2 a 0, com dois gols irregulares. Sinal de que não só a FPF precisa de ajustes, mas também a CBF, a Conmebol...





Fonte: Agência Estado

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