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Nacional
Sexta - 27 de Janeiro de 2006 às 07:29

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O relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), recuou na intenção de citar suposta "negligência" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no relatório final da comissão, que investiga as denúncias de caixa dois envolvendo o PT e partidos da base aliada. Nesta quinta-feira, Serraglio afirmou que não cometerá "exageros" e, nas suas conclusões, vai se limitar aos fatos conhecidos e comprovados pela CPI.

Porém, adiantou o peemedebista, haverá referência no relatório a depoimento do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) - o qual garantiu ter informado Lula do suposto "mensalão", como o petebista tornou conhecido o esquema de arrecadação ilegal do PT, operado em parceria pelo ex-tesoureiro Delúbio Soares e o empresário Marcos Valério.

"Tenho sido sempre muito moderado e comedido. Não há porque se ter preocupações e não há por que esperar de mim exageros. Vou me limitar aos fatos que são de conhecimento da CPI", decalrou Serraglio.

O recuo ocorre um dia após reunião entre Lula e o presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), realizada na manhã de quarta-feira, em Brasília (DF). Embora não tenha revelado o teor da conversa com o presidente, Delcídio deixou o encontro afirmando que o relatório da comissão não seria baseado em denúncias infundadas:

"Estou conversando com vários líderes (partidários) no sentido de construir um relatório que não seja frágil, mas que também não exagere na dose em cima de constatações que não ocorreram", afirmou o senador após o encontro. Amaral também é líder do PT no Senado.

Oposição questiona "interferência" de Lula

A reunião entre Delcídio e Lula irritou oposicionistas que integram a CPI. Nesta quinta, o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), sub-relator das investigações referentes a supostas irregularidades em fundos de pensão, delcarou que o presidente "tem que cuidar" do seu governo em vez de "interferir".

O senador Heráclito Fortes (PFL-PI) fez coro ao colega de partido, afirmando que qualquer tentativa dificilmente vai alterar o teor do relatório. "Esse relatório já está nas ruas e nessa altura do campeonato é muito difícil qualquer tentativa de Lula de interferir. Quanto mais mexer, pior", afirmou.




Fonte: Terra

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