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Polícia Brasil
Sexta - 27 de Janeiro de 2006 às 07:20
Por: Patricia Neves

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O ex-policial civil Paulo Roberto Gomes dos Santos, 43, ou "Francisco Vacanni", como ficou conhecido em Mato Grosso após assassinar e mutilar a amante, deve ir a julgamento no primeiro semestre de 2006. Ele será julgado pela Comarca de Juscimeira, onde cometeu o crime. Vacanni está preso desde o mês de abril de 2004.

Ele confessou ter assassinado Rosimeire Maria da Silva, 25, dentro de um motel em Juscimeira (125 km de Cuiabá). Paulo ficou irado ao saber, por meio de um detetive particular, que a garota mantinha um outro relacionamento. A jovem foi morta por asfixia, teve as falanges retiradas dos dedos e foi degolada. A cabeça dela foi jogada em um rio nas imediações de Jaciara e jamais localizada.

Paulo foi denunciado pelo Ministério Público de homicídio triplamente qualificado, motivo torpe, por usar método de asfixia e dissimulação.

Ao ser preso, o ex-policial usava outra identidade. Morador da região norte do Estado, ele era tido como um próspero comerciante, que usava o nome de Francisco de Angelis Vacanni Lima. A descoberta foi feita pelo delegado João Bosco Ribeiro, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Na verdade Paulo veio esconder-se em Mato Grosso porque havia sido denunciado pelo assassinato do delegado Eduardo Coelho, ocorrido em Araruama, no estado do Rio de Janeiro. Em 2005, ele foi condenado pelo crime e sentenciado a mais de dez anos de prisão.

No caso de Rosimeire, a defesa de Paulo recorreu da sentença de pronúncia (que determinou que ele iria a júri popular), conforme o site do Tribunal de Justiça. A defesa sustenta a tese de que Paulo deveria ser pronunciado tão somente pela prática de homicídio simples, sob o argumento de que as qualificadoras foram afastadas pelas provas colhidas ao longo da instrução criminal. Alegou que não há de se falar na qualificadora "motivo torpe", nem tampouco na "asfixia", pelo fato do denunciado ter praticado homicídio simples sob o domínio de violenta emoção. A defesa argumenta ainda que não houve dissimulação por parte do denunciado, pelo fato de ter se mostrado a terceiros no motel, antes da ocorrência dos fatos.

De acordo com informações colhidas pelo inquérito policial, uma amiga de Rosimeire declarou que alguns dias antes do crime ele teria enviado três buquês em uma única noite a ela. Chateada, a estudante teria questionado o motivo pelo qual estava recebendo tantas flores. Conforme a amiga, o empresário teria dito a Rosimeire que tinha uma surpresa reservada para ela e que esta surpresa aconteceria depois da Páscoa. Eles foram viajar para a região Norte e durante o caminho pararam em um motel em Juscimeira. Alugaram um quarto que tinha banheira e nesse local ela foi morta. Depois, com um machado, decapitada. Paulo levou o machado no carro que tinha pedido emprestado de um amigo. A defesa frisa que por viajar muito para o interior o objeto servia para segurança dele.




Fonte: A Gazeta

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