Preso bando que roubou R$ 1,25 mi de carro-forte

Quatro integrantes da quadrilha que roubou R$ 1,25 milhão de um carro-forte no Méier, no Rio de Janeiro, no dia 12, foram presas nesta quarta-feira numa operação que envolveu 70 agentes da Polícia Federal e da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) em três favelas do Rio: Vila Kennedy, e nos morros do Borel e da Formiga, na zona norte. Segundo a polícia, os assaltantes, especializados em seqüestrar gerentes de bancos, receberam armas e carros de traficantes de drogas em troca de parte do dinheiro roubado.

Na Vila Kennedy foram presos um soldado bombeiro, um vigilante da Transbank, empresa do carro-forte, e a mulher de um dos integrantes do bando que continua foragido. No Morro da Formiga foi presa a mulher de outro bandido foragido. A polícia está certa do envolvimento do bombeiro e do vigilante no assalto, mas investiga se as mulheres sabiam ou não do crime. A divisão do dinheiro foi feito nas casas das mulheres.

As prisões foram possíveis graças a escutas telefônicas e à prisão nesta terça-feira de um integrante do bando, que delatou os comparsas. Ele foi incluído no programa de proteção à testemunha e pode ter a pena reduzida por colaborar com as investigações. Três bandidos continuam foragidos.

Partilha do roubo

De acordo com a polícia, traficantes ligados ao Comando Vermelho patrocinaram o assalto emprestando armas e carros em troca de parte do montante roubado. Na divisão, os traficantes do Morro da Formiga ficaram com R$ 70, mesma quantia dada aos traficantes do Borel. Os sete assaltantes ficaram com R$ 140 mil cada.

Já foram recuperados R$ 200 mil, dos quais R$ 131 mil estavam com o chefe da quadrilha, Rômulo de Souza Mello, 34 anos, preso um dia depois do assalto quando voltava de uma viagem com a namorada. Segundo a polícia, Rômulo tem ligações com traficantes do Borel e já ficou escondido em Vila Kennedy depois de outros assaltos. A ligação assaltantes e traficantes é reforçada pelo fato de o bandido delator ser traficantes na Tijuca.

Motorista investigado

O motorista do carro-forte, Ronaldo Ferreira de Oliveira, 43 anos, chegou a ser apontado com membro da quadrilha e chegou a ser preso por cinco dias. Ele está em liberdade e até agora as investigações não apontam seu envolvimento. Ele continua sob investigação porque a polícia encontrou contradições em seu depoimento. O motorista disse que fugiu com o carro-forte porque os bandidos haviam seqüestrado sua família e a mantido como refém.