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Internacional
Domingo - 22 de Janeiro de 2006 às 08:10

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Moscou - Pelo menos cinco pessoas morreram por hipotermia e 19 foram hospitalizadas em Moscou nas últimas 24 horas devido à onda polar que castiga a capital russa, informou hoje o Serviço Médico de Urgência.

Um porta-voz médico disse à agência oficial Itar-Tass que entre as vítimas do frio não há menores de idade.

As temperaturas, que até sexta-feira se mantiveram entre 27 e 32 graus abaixo de zero, subiram hoje para 23 graus abaixo de zero, mas o vento e a neve fizeram com que este ligeiro aumento seja praticamente imperceptível para os habitantes de Moscou.

As previsões dos serviços meteorológicos não são muito encorajadoras: para a próxima semana se espera a chegada a Moscou de outra onda polar procedente da Sibéria, que fará cair novamente as temperaturas até 30 graus abaixo de zero. Nesse inverno, somente em Moscou 128 pessoas morreram por congelamento.



Previsão O serviço meteorológico da Rússia alertou hoje sobre a chegada de uma nova onda polar ártica, com temperaturas entre -20 e -50 graus, que atingirá na próxima semana quase todo o país.

Em Novosibirsk, na Sibéria Ocidental, as temperaturas caíram 26 graus ontem à noite em apenas nove horas, de -5 para -31 graus. Nos próximos dias, são esperadas temperaturas inferiores a 40 graus negativos.

Rinat Yagudin, porta-voz do centro meteorológico de Novosibirsk, assinalou à agência RIA-Novosti que em outras regiões da Sibéria ocidental, como em Tomsk, os termômetros marcaram 50 graus abaixo de zero.

Segundo Yagudin, estas temperaturas são entre dez e 15 graus mais baixas que as registradas normalmente nesta época na Sibéria Ocidental e continuarão até o fim do mês.

Em três regiões da república de Altai, na Sibéria central, junto à fronteira com a China, as aulas foram suspensas e oito mil alunos ficaram hoje em suas casas, já que as temperaturas caíram até -35 graus.

A "invasão ártica", como o fenômeno foi denominado pelos meteorologistas, chegou até o sudoeste da Rússia, ao Cáucaso Norte, com temperaturas de 16 graus negativos na planície da Chechênia.

Não é só o frio que bate recordes em Moscou: o consumo de energia elétrica aumentou para 16.100 megawatts, o que levou as autoridades a aplicarem medidas de racionamento, que afetaram alguns setores da indústria e do comércio.

A capacidade geradora de eletricidade do país trabalha no limite, admitiu Anatoli Chubáis, presidente do monopólio elétrico Sistemas Energéticos Unidos.

Desde ontem, a capital russa e a província de Moscou estão em regime de economia de energia e, mesmo assim, as subestações elétricas, principalmente na província, sofrem sobrecargas importantes.





Fonte: EFE

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