Abicalil fala com presidente da Petrobrás sobre investimentos em Mato Grosso

Mato Grosso é candidato a receber um megainvestimento da empresa Petróleo Brasileiro SA – Petrobrás – que vai girar em torno de R$ 1 bilhão. Nessa semana, o deputado Carlos Abicalil encontrou-se com o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, na Câmara.

A empresa pretende instalar, na região Centro-Oeste, uma planta industrial de produção de insumos agrícolas nitrogenados, a partir do uso de gás natural. Em função das mudanças nas regras contratuais e constitucionais na Bolívia, com o início do governo de Evo Morales, a Petrobrás adiou e está redimensionando o projeto. Será necessário um aumento nos investimentos com o gás boliviano para que o suprimento seja assegurado.

A previsão inicial era de que a instalação do canteiro de obras ocorresse em abril de 2006. De acordo com Abicalil, Gabrielli afirma que o projeto está mantido, apesar do adiamento. A fábrica pode ser instalada em MT ou em MS.

Geração de empregos

O empreendimento poderá gerar 18 mil empregos na fase de construção da planta industrial, em média 7 mil empregos diretos e indiretos após a instalação. Este seria o terceiro parque industrial de nitrogenados. Já existe um em Sergipe e outro na Bahia, cujas produções atendem o Nordeste e o Sudeste. As outras regiões são importadoras desses produtos.

Em maio de 2005, Abicalil esteve na sede da petrobrás, no RJ, com o objetivo de transmitir o interesse do estado de MT pelo projeto, e defender que a Petrobrás possa escolher o estado de Mato Grosso para a instalação da indústria. “Apresentei ao diretor atributos de MT que atendem às necessidades de um empreendimento dessa envergadura: a ferrovia, a fronteira com a Bolívia, o gasoduto, a água abundante, a localização do estado, no centro geodésico da América do Sul, o que beneficia a expansão logística”, argumentou o deputado.

Uma outra vantagem de Mato Grosso é que o Estado é Centro-Oeste, mas pertence à Amazônia Legal. Desta forma, pode retirar recursos de dois fundos: FNO e FCO.

De acordo com Abicalil, o governo de Mato Grosso já esteve reunido com a Petrobrás, apresentando viabilidades técnicas e tributárias.