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Politica Brasil
Quarta - 18 de Janeiro de 2006 às 11:12

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A tese da candidatura própria dentro do PFL, após o advento Jonas Pinheiro, começa a ganhar o seu curso normal, qual seja, a da cautela. Nesta quarta-feira, o presidente do Diretório de Cuiabá, Jorge Pires de Miranda, afirmou taxativamente que o partido precisa ter um “candidato competitivo” se quiser levar à frente o projeto de ter seu próprio candidato a governador. Em outras palavras, o nome de Pinheiro não seria o suficiente. “Temos que esperar” – ele disse, ao tratar do aspecto do conjunto de alianças.

Pires enfatiza que todos os próximos passos do PFL no Estado serão dados a partir da definição do arco de aliança no cenário nacional. Para a sucessão de Lula, a Frente Liberal está próxima de um entendimento para apoiar o candidato do PSDB, podendo ser José Serra ou Geraldo Alckmin. Por aqui, porém, poucos seriam os pefelistas que encarariam uma aliança com o PFL. Historicamente, liberais e tucanos são oponentes.

O político Pires acentuou que é preciso que o partido estruture um nome forte para disputar o Governo, mas que qualquer definição deve sair de medidas que o Congresso Nacional deverá adotar no tocante a verticalização. Se a regra de aliança eleitoral cair agora, o PFL vai aliar-se ao PPS de Blairo Maggi, reivindicando a vaga ao Senado Federal para o ex-governador e ex-prefeito de Várzea Grande, Jaime Campos, único do clã político majoritário sem mandato atualmente. “É preciso resolver primeiro a verticalização” – disse, ao destacar que o PFL – bem ou mal – está participando do Governo Maggi.

“Não dá para conversar nada sem a regra do jogo definida” – disse Pires de Miranda, um dos que, ao contrário do que prega Jonas Pinheiro, teria enormes dificuldades de subir em um palanque que esteja também Dante de Oliveira, Wilson Santos, Antero de Barros, entre outros tucanos de alta plumagem. Na base do partido, há também evidente incômodo com a tese da candidatura própria anunciada – sem muita convicção – por parte de Jonas Pinheiro e o conseqüente afastamento da base do Governo.

Dos partidos que estiveram apoiando em 2002 a eleição de Blairo Maggi, aliás, somente o PFL não está ainda confirmado para 2006. Os demais já fecharam ou estão concluindo os entendimentos. O próprio Jonas Pinheiro, contudo, garante que só será candidato ao Governo se a verticalização for confirmada para este ano. O projeto que “libera” as alianças está em tramitação na Câmara dos Deputados. Da parte do Governo, as conversações devem avançar o mais rápido possível. O secretário-chefe da Casa Civil, Luís Antônio Pagot declarou que o projeto da reeleição trabalha, atualmente, com as atuais regras eleitorais. Ele, pessoalmente, não crê em mudanças nas regras gerais de formulação de aliança.

A ponto de ter admitido pela primeira vez a possibilidade de uma “chapa pura” do PPS. Ele próprio se colocou como eventual candidato a vice na chapa, se houver necessidade. O discurso de Pagot, contudo, foi interpretado pelos aliados como uma espécie de deselegância no processo de discussão que está começando a se afunilar. “Ele está tentando dar um xeque-mate” – disse um político da aliança governista.





Fonte: 24 Horas News

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