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Internacional
Terça - 17 de Janeiro de 2006 às 19:50

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Lagos - Um grupo nigeriano até agora desconhecido, o Movimento para a Emancipação do Delta do Níger, assumiu o seqüestro de quatro funcionários da companhia petrolífera Shell, que continua retirando seus empregados da área por razões de segurança, informa a imprensa local. Nas últimas três semanas, o grupo levou a cabo uma série de ataques sobre oleodutos e plataformas petrolíferas de propriedade da multinacional Shell e localizadas no delta do Rio Níger.

O último ataque aconteceu no domingo, em Benisede, onde 13 soldados morreram. Na quarta-feira anterior foram seqüestrados quatro funcionários da Shell: um britânico, um americano, um búlgaro e um hondurenho. As quatro estações petrolíferas atacadas se encontram fechadas desde 11 de janeiro, o que gerou a perda de 226 mil barris por dia, um corte de 10% da produção total do país, e causou o aumento do preço do petróleo em escala mundial.

O líder do Movimento para a Emancipação do Delta do Níger, Brutus Etikpaden, reivindicou a autoria do ataque de 11 de janeiro e o seqüestro dos funcionários, em telefonema que fez a uma agência britânica. Os reféns, que declararam por telefone que estavam sendo bem tratados, divulgaram as exigências de seus seqüestradores e a advertência de que qualquer tentativa de resgate poderia lhes custar a vida.

Entre as exigências, o grupo reivindica o controle total do Delta do Níger e o pagamento de US$ 15 bilhões por parte da Shell ao Governo estadual de Bayalesa, em compensação pela contaminação gerada pela indústria na região. Além disso, pede a libertação de dois líderes da etnia ijaw, a mais importante da região, e do máximo dirigente da Força Popular de Voluntários do Delta do Níger (NDPVF, em inglês), Mujahid Dokubo-Asari, detido por acusações de traição.





Fonte: EFE

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