Racha: PFL exige respeito, reage Jaime

"O PFL exige respeito com o senador Jonas (Pinheiro), um homem honrado, de respeito e uma grande liderança", reagiu o presidente regional pefelista, Jaime Campos, às declarações do dirigente regional do PPS, Percival Muniz. Pré-candidato ao Senado, Jaime diz que a tendência é de apoiar à reeleição de Blairo Maggi, mas se coloca solidário e como incentivador do projeto próprio com Jonas Pinheiro na cabeça de chapa.

As divergências, que podem resultar num ruptura do PFL com o PPS após quatro anos de unidade, eclodiram com o anúncio de Jonas, que admite disputar o Paiaguás, caso a norma da verticalização seja mantida, mesmo tendo que enfrentar nas urnas o seu afilhado político.

Os comentários de Muniz, sábado em A Gazeta, foram recebidas com indignação por pefelistas. O presidente do PPS afirmou que não acredita na candidatura de Jonas, pois este deve gratidão a Maggi. Lembra que em 2002, Jonas estava de pijama (numa referência a intenção do pefelista de deixar a vida pública) e Maggi o "ressuscitou", lançando-o à reeleição. Para Muniz, o PFL, mesmo na hipótese de ficar impedido, por força de lei, de apoiar Maggi, deveria aceitar coligação branca (aliança extra-oficial). Para Jaime, Muniz foi infeliz nas colocações porque ignorou a liderança do senador, que foi reeleito com 612.082 votos, quase a mesma quantidade atribuída a Maggi (618.582). "Então, como o Jonas estava de pijama? Historicamente, nunca houve isso em MT. Além do mais, o Jonas era senador e a mulher dele (Celcita) deputada federal. Isso é estar de pijama!".

Segundo Jaime, o PFL apoiou Maggi num momento importante porque o PPS não tinha bom espaço no horário eleitoral e o socialista figurava na lanterna nas pesquisas. "O Percival tem que se precaver, tem que medir suas palavras porque isso mexe com a militância e pode provocar distanciamento (ruptura)".