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Internacional
Domingo - 15 de Janeiro de 2006 às 12:20

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O ex-presidente do Peru Alberto Fujimori não poderá se apresentar como candidato às eleições gerais peruanas de 9 de abril, confirmou hoje o Júri Nacional Eleitoral. O principal organismo eleitoral peruano declarou "improcedente" a candidatura do ex-governante, detido no Chile desde 6 de novembro, porque sobre este pesa uma "inabilitação especial" para exercer qualquer cargo público durante dez anos.

A decisão do organismo eleitoral é inapelável e foi divulgada pelo ex-ministro fujimorista Belisario De Las Casas, que anunciou que os correligionários do ex-governante recorrerão em instâncias internacionais.

"Perdemos uma batalha, mas a guerra não acabou", afirmou De las Casas a um grupo de admiradores de Fujimori que permanecia nos arredores da sede do júri eleitoral.

A decisão do organismo confirmou uma resolução similar emitida na semana passada pelo Júri Eleitoral Especial de Lima e seus detalhes serão conhecidos amanhã, quando será publicado no diário oficial "El Peruano".

A decisão em primeira instância foi apelada pelo advogado de Fujimori, César Nakasaki, que considerou que a sanção contra o ex-governante é ilegal.

A deputada fujimorista Martha Moyano classificou de "fraude" a decisão do Júri Nacional de Eleições, que deixou fora da disputa o partido "Si cumple", que apresentou a ex-ministra Luisa María Cuculiza e o ex-prefeito Germán Kruger como candidatos às duas vice-presidências.

O Congresso peruano aprovou em 2001 a inabilitação de Fujimori por ter renunciado via fax à Presidência em novembro de 2000, após fugir para o Japão.

O ex-chefe de Estado abandonou suas funções depois que um vídeo revelou em setembro de 2000 uma gigantesca rede de corrupção dirigida por Vladimiro Montesino, seu principal assessor.

Fujimori chegou ao Chile em 6 de novembro com a intenção de preparar seu retorno ao Peru, mas foi detido em atenção a uma solicitação de extradição das autoridades peruanas.

O ex-governante é requerido pela justiça de seu país, que lhe abriu mais de vinte processos, pela suposta comissão de delitos de corrupção e lesa-humanidade.







Fonte: EFE

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