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Sábado - 14 de Janeiro de 2006 às 22:54

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O presidente eleito da Bolívia, Evo Morales, concentra-se agora na preparação do Governo que tomará posse no dia 22, após retornar de uma viagem internacional que hoje foi qualificada de "positiva" por seu porta-voz, Alex Contreras. Morales chegou na sexta-feira à noite a Cochabamba procedente do Brasil, a última escala da viagem de dez dias por oito países e quatro continentes, e esta manhã foi a La Paz para participar de reuniões com seus colaboradores e parlamentares de seu partido, o Movimento Ao Socialismo.

Morales não fez declarações aos jornalistas, que o esperavam nos aeroportos das duas cidades, mas fontes do MAS informaram que nas próximas horas ele concederá uma entrevista coletiva para fazer um balanço de viagem internacional.

Várias simpatizantes receberam Morales no terminal aéreo de El Alto, que serve La Paz, a que Morales chegou com a roupa informal que tanto chamou a atenção nos países que visitou durante sua viagem.

Partindo da Bolívia no dia 3 de janeiro, Morales praticamente deu uma volta ao mundo, visitando Venezuela, Espanha, Bélgica, Holanda, França, China, África do Sul e Brasil, onde se reuniu com as principais autoridades destas nações, com representantes de organizações internacionais e com empresários que têm negócios na Bolívia.

Em 30 de dezembro, Morales visitou Cuba, e na próxima terça-feira viajará a Buenos Aires para se reunir com o presidente da Argentina, Néstor Kirchner, com quem discutirá um possível aumento do preço do gás que a Bolívia exporta à nação vizinha e outras questões bilaterais, como a imigração.

O jornalista Alex Contreras, que é seu porta-voz e foi uma das pessoas que o acompanharam em sua viagem ao exterior, disse hoje em entrevista a uma emissora de rádio que a viagem "foi positiva de todos os pontos de vista".

Contreras disse que "em quase todos os países em que Morales esteve o tema da energia e dos hidrocarbonetos foi um dos principais assuntos analisados", e informou que "se chegou a alguns acordos preliminares" nessa questão. O porta-voz acrescentou que também foram discutidos outros assuntos "referentes a temas sociais e ao desenvolvimento".

Quando retornar da Argentina, o futuro presidente boliviano se dedicará "estritamente a delinear seu gabinete ministerial, as políticas que começarão a ser implementadas depois de 23 de janeiro e os atos protocolares que estão sendo planejados para a transferência de poder", no dia 22.

Morales se reuniu hoje em sua casa do bairro de La Paz de Miraflores com os futuros senadores Antonio Peredo e Santos Ramírez, considerados peças estratégicas do projeto político do presidente eleito.

O futuro governante também se reuniu com o prefeito de La Paz, Juan del Granado, que justificou a reunião pela necessidade de colocar o governante eleito "a par dos preparativos" que estão sendo feitos para sua posse.

La Paz começou a ser preparada hoje para a posse, com operações de limpeza e acondicionamento das áreas em que ocorrerão dentro de uma semana os atos de transferência de poder.

Para este trabalho, foram mobilizados mais de 20 mil trabalhadores de diferentes distritos da cidade, situada em uma depressão do planalto dos Andes e cerca de 3.600 metros acima do nível do mar.

Uma mobilização sem precedentes para um ato que transformará o líder socialista no primeiro presidente indígena do país, graças à vitória esmagadora de 18 de dezembro, a mais categórica desde o restabelecimento da democracia na Bolívia, em 1982.

Em 22 de janeiro, Morales assumirá o cargo no Congresso Nacional, um dia após receber a bênção dos líderes das comunidades indígenas andinas na cidade pré-colombina de Tiwanaku, a oeste de La Paz.




Fonte: EFE

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