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Internacional
Sábado - 14 de Janeiro de 2006 às 16:58

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Médicos disseram neste sábado que testes mostraram atividade nos dois lados do cérebro de Ariel Sharon, mas não relataram nada que indicasse que o primeiro-ministro israelense estivesse emergindo do coma induzido, dez dias depois de ter sofrido um grave derrame.

O hospital Hadassah anunciou que os testes mostraram "atividades nos dois hemisférios cerebrais em acordo com o estado de consciência do primeiro-ministro".

Anteriormente, nesta semana, Sharon respondeu a estímulos de dor nos dois lados do seu corpo, mas aparentemente não fez progressos notáveis desde então.

Os médicos vêm tentando acordar Sharon, de 77 anos, do coma, induzido para prevenir que o seu cérebro inchasse depois da cirurgia para determinar o tamanho do dano cerebral causado pelo derrame.

De acordo com o comunicado divulgado pelo hospital, o pulso, a respiração, a pressão e a temperatura do corpo de Sharon permanecem "bons e estáveis".

Exames de ultra-som não identificaram nenhuma expansão do cérebro de Sharon.

A saúde do premiê ofuscou o processo de paz no Oriente Médio e as eleições israelenses, marcadas para 28 de março. Sharon não deve retornar à vida política, e o seu vice e premiê interino, Ehud Olmert, deve liderar o recém-formado partido Kadima no pleito.

Alguns especialistas médicos e os meios de comunicação de Israel têm questionado aspectos do tratamento de Sharon, particularmente a decisão de dá-lo medicamentos para evitar a formação de coágulos, após um derrame pequeno que ele teve em 18 de dezembro. Esse derrame menor foi justamente causado por um coágulo, mas esses medicamentos anticoágulos podem levar a hemorragias.

Contudo, o hospital Hadassah rebateu as críticas e disse que não há necessidade de uma investigação formal.

"Não temos nada do que nos envergonharmos", afirmou o vice-diretor do hospital, Shmuel Shapira, a um canal de TV israelense neste sábado.

"Se um próximo paciente chegar no mesmo estado do primeiro ministro, você pode dizer que nós agiríamos da mesma forma", acrescentou ele. "Medicina não é uma ciência exata, há um monte de julgamentos."





Fonte: Reuters

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