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Meio Ambiente
Sexta - 13 de Janeiro de 2006 às 18:00

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Um mapa do início do século XV que parece reforçar uma velha teoria segundo a qual um lendário almirante chinês chamado Zheng He se antecipou a Cristóvão Colombo no descobrimento da América será apresentado em Pequim, em 16 de janeiro. O mapa em questão é uma cópia feita em 1763 do original, que data supostamente de 1418, informa hoje o jornal The Economist.

O mapa parece apontar as façanhas do almirante chinês, que cruzou os oceanos entre 1405 e 1418, e que ficaram bem documentadas em um livro publicado na China por volta de 1418 sob o título de "As Maravilhosas Visões da Frota Estelar" (tradução livre).

Segundo The Economist, o mapa foi comprado em 2001 por Liu Gang, um dos mais eminentes advogados comerciais da China, admirador e colecionar de mapas e pinturas.

Temeroso que se tratasse de uma falsificação, mostrou sua aquisição a cinco colecionadores experientes, que concordaram que as marcas deixadas no papel de bambu e a perda de pigmentação testemunhavam uma antigüidade superior a pelo menos um século.

Liu não tinha certeza do significado daquele mapa e pediu ajuda a vários especialistas em história chinesa antiga, mas não obteve muitos resultados.

No final do ano passado, no entanto, leu o livro "1421: O Ano em que a China descobriu a América", de Gavis Menzies, no qual o autor afirma que os chineses chegaram a América setenta anos antes de Cristóvão Colombo.

Após ler esse livro, Liu ficou convencido de que o mapa que tinha chegado a seu poder era uma relíquia das viagens do almirante Zheng He.

O mapa diz sobre os habitantes do litoral ocidental da América: "A pele da raça nesta região é de uma cor vermelho escuro, e usam penas nas cabeças e quadris", enquanto que sobre os australianos escreve que "a pele de um aborígine é negra. Todos andam nus e carregam artigos de osso à cintura".

Cinco especialistas em cartografia antiga assinalam, no entanto, que o mapa, que parte da hipótese de que o mundo é redondo, limita-se a reunir informação que estava disponível separadamente em mapas náuticos anteriores e acreditam que é autêntico.





Fonte: EFE

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