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Politica Brasil
Sexta - 13 de Janeiro de 2006 às 07:13
Por: Paulo Coelho

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O PSDB de Mato Grosso não terá mais o nome do prefeito de Sinop (distante 500 quilômetros de Cuiabá), Nilson Leitão, na disputa por qualquer cargo, inclusive majoritário, no pleito eleitoral deste ano.

Em entrevista à reportagem da Folha do Estado, Leitão recuou e disse que não vai renunciar à prefeitura para a qual foi reeleito em 2004, para governar até o fim, em 31 de dezembro do ano que vem.

“Quero concluir meu mandato em Sinop, pois tenho algumas obras importantes para realizar. Quero consolidar meu nome, ser lembrado pelo que eu fiz na prefeitura, sou ainda novo [tenho 35 anos de idade] e tenho muito tempo pela frente [para disputar cargos como o de senador, governador ou vice). Pela minha vontade, eu estou fora da disputa neste ano”, afirmou Leitão.

O prefeito sinopense negou estar chateado com o partido, mas disse que a agremiação “precisa ter a maturidade para ter candidato ou ser um mero coadjuvante, sem nenhum desespero”.

A cúpula do PSDB aposta na manutenção da verticalização partidária e, por isso, tem feito um trabalho tímido em torno de nomes para concorrer, com competitividade, ao governo do Estado.

Nilson Leitão salientou que o PPS, do governador Blairo Maggi “tem tentado se aproximar dos candidatos do PSDB à presidência da república” e esse pode ser um cenário a ser considerar.

Mas o prefeito não acredita que dê “liga” a união das duas siglas em Mato Grosso, devido à história de cada uma.

O nome de Leitão vinha sendo defendido por ele próprio e considerado como uma “boa opção” pelas direções antigas (Dante de Oliveira) e atual (Antero de Barros) do PSDB no Estado. No entanto, as indefinições até do próprio partido não teriam contribuído para a motivação do prefeito.

Composições

De acordo com o primeiro secretário da sigla tucana, Aparecido Alves, que também é suplente de deputado estadual, grande parte dos militantes tucanos do Estado defendem uma aliança com o PFL de Mato Grosso para a disputa pelo Palácio Paiaguás, já considerando neste caso, a manutenção da verticalização.

“Eu particularmente sou simpático ao nome do senador [pefelista] Jonas Pinheiro, na disputa pelo governo”, disse Aparecido, salientando porém que o PSDB fará, antes disso, uma pesquisa para saber da viabilidade de união com o PFL.

O secretário adiantou, ontem, que Jonas Pinheiro tem afinidades com as lideranças tucanas, o que facilitaria a união das duas agremiações.

Tucanos têm mais duas alternativas

Com a saída de Nilson Leitão do páreo, o PSDB se resumiu a dois nomes para encarar uma possível candidatura própria ao governo do Estado, em caso de queda da verticalização.

O do ex-governador Rogério Salles e o senador Antero Paes de Barros.

Salles não trabalha seu nome como pré-candidato, mas garante que não “deixarei meu partido na mão e meu nome está à disposição”.

Antero, por sua vez, trabalha sua candidatura à reeleição ao Senado e evita afirmar que tem disposição de encarar (novamente) uma disputa com Blairo Maggi.

O senador foi derrotado em 2002, no primeiro turno, pelo atual governador.

“Se o partido definir pelo meu nome, terá que ter estrutura, um mínimo de condições para divulgar as propostas. O PSDB não é um partidozinho de aluguel e eu entendo que temos que ter essa mentalidade definida”, apontou Rogério Salles, acrescentando que a grande diferença entre ele o o prefeito Nilson Leitão é que “ o Nilson teria que renunciar à prefeitura e eu não ocupo cargo algum”.




Fonte: Folha do Estado

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