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Internacional
Quinta - 12 de Janeiro de 2006 às 11:39

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O ministro britânico para o Ulster, Peter Hain, culpou hoje o Sinn Féin, braço político do IRA, pela retirada do projeto de lei de anistia para os suspeitos de crimes de terrorismo cometidos antes da assinatura dos acordos de paz de 1998. Em declarações à BBC Ulster, o ministro afirmou que a lei já não tinha sentido, já que o Sinn Féin tinha recomendado aos fugitivos da organização terrorista que não procurassem o perdão governamental.

Cerca de 150 pessoas procuradas por ações terroristas cometidas antes de 1998, quando foi assinado o acordo da Sexta-feira Santa, poderiam ter sido beneficiadas com a nova legislação, que permitia a elas voltar à província e evitar a prisão.

No entanto, o Sinn Féin se proclamou no mês passado contra a lei porque funcionários da Polícia e soldados britânicos envolvidos na chamada "guerra suja" contra os republicanos também poderiam se beneficiar com a anistia.

"Não entendo como chegaram a pensar que as forças de segurança seriam excluídas", disse Hain, um dia após anunciar a retirada do projeto pela oposição da maioria dos partidos do Ulster e de associações de vítimas do terrorismo.

Apesar da derrota sofrida pelo Governo de Londres, o ministro assegurou que sua política de anistia não será abandonada, só interrompida temporariamente.

"Obviamente, não é o momento adequado para abordar este assunto.

As pessoas precisam de um período mais longo para refletir e ver se é possível chegar a um acordo. Poderíamos voltar a discutir este assunto no próximo semestre", disse Hain.

Enquanto isso, Londres e Dublin concentrarão seus esforços no assunto da devolução da autonomia da província, suspensa desde 2002 por um suposto caso de espionagem do IRA em escritórios do castelo de Stormont, sede da Assembléia norte-irlandesa.

Segundo Hain, os dois Governos poderiam iniciar uma rodada de negociações multilaterais em fevereiro.




Fonte: EFE

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