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Agronegócios
Terça - 10 de Janeiro de 2006 às 20:45

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Depois de três meses da confirmação do primeiro foco de febre aftosa em Mato Grosso do Sul, o governo do Estado registra o sacrifício sanitário de 30.313 animais, informou nesta terça-feira nota técnica da Superintendência Federal do Ministério da Agricultura e da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro).

Havia a expectativa de que os trabalhos fossem encerrados em Japorã, um dos municípios onde os focos foram detectados, até a última sexta-feira. O número de animais abatidos também supera as estimativas iniciais, mas as autoridades garantem que as atividades estão próximas do final.

"O pessoal agora está fazendo um repasse em todas as propriedades, para verificar se foram abatidos todos os animais. E aí começam a aparecer novos animais suscetíveis à doença, que também precisam ser sacrificados," explicou José Antônio Felício, superintendente do ministério em Mato Grosso do Sul, em entrevista por telefone.

De acordo com o comunicado, foram sacrificados até o momento 29.301 bovinos, 593 ovinos/caprinos e 419 suínos, totalizando 30.313 animais.

Em 10 de outubro de 2005, o Ministério da Agricultura confirmou aftosa em 153 bovinos da Fazenda Vezozzo, no município de Eldorado, vizinho de Japorã e Mundo Novo, outro com registro da doença naquele Estado.

Como a aftosa se espalhou por várias propriedades nesses três municípios, totalizando 28 focos, os técnicos da área sanitária optaram pelo sacrifício de todos os animais da região isolada, para que a recuperação do status sanitário possa ser reivindicada com mais rapidez --o processo até a reconquista do status deve durar no mínimo seis meses.

A Fazenda Cachoeira, no Paraná, que recebeu animais de Eldorado, também foi declarada como área com registro de foco de aftosa pelo ministério, com base em exames sorológicos e na vinculação epidemiológica, embora os testes que apuram a existência do vírus tenham dado negativo.

Na quarta-feira, integrantes das 35 entidades que compõem o Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária do Paraná (Conesa) e técnicos da Secretaria da Agricultura se reúnem para decidir o destino dos 1.800 animais da Fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira.

De acordo com o governo paranaense, que sempre resistiu em aceitar a febre aftosa sem o isolamento do vírus, caso o Conesa opte pelo sacrifício, o Paraná deve retornar à condição de Estado livre de febre aftosa com vacinação, determinada pela OIE (Organização Internacional de Saúde Animal), no prazo de seis meses.

Sem o sacrifício sanitário, de acordo com a Secretaria Estadual de Agricultura, o abate deverá ocorrer normalmente nos abatedouros, cumprindo-se todas as ações recomendadas. Porém, neste caso, o prazo para a recuperação do status junto à OIE aumentaria para 18 meses.

Setores da indústria que integram o Conesa, mesmo discordando inicialmente da posição do governo federal, defendem que seja realizado abate sanitário, para que a carne do Estado possa recuperar logo os mercados no exterior.

Por conta da aftosa, mais de 50 países anunciaram vetos totais ou parciais ao produto nacional.




Fonte: 24 Horas News

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