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Agronegócios
Sábado - 07 de Janeiro de 2006 às 15:01

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A inadimplência dos agricultores que pegaram financiamentos junto ao Banco do Brasil (BB) em Mato Grosso para comercialização da safra 2004/2005 é de 34,29% até dezembro do ano passado, totalizando R$ 24,801 milhões dos R$ 72,3 milhões captados. No crédito para custeio os débitos são de R$ 320 milhões, o que significa 29,35% do total de R$ 1,090 bilhão. Já os contratos atrasados na modalidade de empréstimo de Cédulas do Produto Rural (CPRs) somam R$ 237 milhões, com índice de 31,02% dos R$ 764 milhões. Na safra 2003/2004, a inadimplência foi inferior a 1%. É a primeira vez que o banco divulga oficialmente as taxas referentes à safra 2004/2005.

Até outubro o índice de não pagadores no setor agrícola era em média de 10% e saltou para 48% em novembro. No entanto, o BB não informa a variação média registrada até dezembro. A instituição financeira também não divulga o número de documentos que não foram pagos.

Em toda a safra 2004/2005 foram firmados 8,154 mil contratos de custeio, 2,244 mil de investimentos, 5,586 mil de CPRs, 204 de comercialização e 16,579 mil à agricultura familiar.

O superintendente de varejo do BB para Mato Grosso e Rondônia, Renato José Araújo Barbosa, explica que o aumento da inadimplência em relação a outubro é decorrente de contratos vencidos nos últimos 60 dias. Parte da dívida não apareceu no 10º mês do ano porque os produtores estavam negociando alternativas de pagamento junto ao banco.

Ele destaca que o nome do agricultor passa a figurar na lista de devedores somente depois de esgotadas as possibilidades de renegociação. "Quando há negociação dos contratos atrasados, o produtor não é considerado inadimplente".

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Homero Pereira, destaca que os números da inadimplência divulgados pelo BB vão ao encontro à previsão inicial da entidade de que a inadimplência estava alta. Para ele a descapitalização dos produtores provocada pela desvalorização cambial, entre outros fatores, fez com que os agricultores ficassem sem condições de honrar os contratos feitos junto à instituição financeira. "Esperávamos que o banco prorrogasse a dívida acumulada, mas isso não aconteceu. Agora temos que aguardar para ver como será a comercialização desta safra para que os débitos sejam saldados".





Fonte: Só noticias

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