Empaer e parceiros se unem para combater a Sikatoga Negra em Mato Grosso

Em função da queda de 70% da área plantada de banana no Estado de Mato Grosso, a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), juntamente com parceiros, está desenvolvendo desde 2004 o programa para a implantação de unidades de observação de cultivares de bananeira resistente a Sikatoga negra. Essas unidades de observação foram implantadas em 18 municípios em unidades da Empresa e em propriedades de pequenos produtores rurais. Ao todo, serão nove regiões representativas do cultivo de banana no Estado.

O pesquisador da Empaer Humberto Carvalho Marcílio conta que além das unidades para o próximo ano, está previsto a implantação do laboratório de cultura de tecidos para propagação in vitro de mudas de bananeira resistentes às principais doenças e um programa de melhoramento genético da bananeira para o Estado. “Esperamos inserir no sistema de produção cultivares mais produtivas e resistentes, aumentando com isso a área de plantio e a produção da cultura”, ressalta.

Segundo Humberto, a queda da área plantada foi devido à doença Sikatoga Negra e o Mal do Panamá. Em 1997, o Estado possuía uma área de 56 mil hectares de banana, das quais, cerca de 80% da área cultivada foi com a banana maçã e a da terra (“farta velhaco”), tornando-se o principal produtor desta cultivar no país. No ano de 2002, a área plantada caiu para 16 mil hectares, mostrando que a cultura enfrentava vários problemas.

Para reverter o processo de declínio das variedades tradicionais de banana maçã e da terra foi constituído o programa de recuperação da cultura da bananeira, como forma de proporcionar uma alternativa de sustentabilidade para os produtores, envolvendo a participação de instituições públicas e privadas, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Centro Universitário de Várzea Grande (Univag), Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural (Seder), Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetagri), Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt) e Prefeituras dos municípios que possuem unidades de observação.