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Internacional
Quinta - 05 de Janeiro de 2006 às 21:01

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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, avaliou hoje sua nova estratégia no Iraque e em relação à guerra contra o terror, mas dessa vez, além de conversar somente com membros de seu Gabinete, falou também com ex-secretários de Estado e de Defesa republicanos e democratas. Participaram do encontro o ex-secretário de Estado durante o Governo de Ronald Reagan, Alexander Haig; Madeleine Albright, que ocupou o mesmo cargo no Governo Bill Clinton; e os ex-secretários de Defesa, William Cohen e William Perry.

Bush os reuniu no salão Roosevelt da Casa Branca para "ouvir suas preocupações e suas sugestões sobre o caminho a seguir" na busca de uma vitória completa no Iraque, segundo afirmou o presidente em uma breve declaração à imprensa ao final do encontro.

É a primeira vez que o presidente recorre a antigos responsáveis de administrações democratas, muitos deles muito críticos em relação a sua política antiterrorista, para ouvir seus pontos de vista.

Bush reconheceu que "nem todo o mundo nessa mesa estava de acordo com minha decisão de ir ao Iraque e entendo isso perfeitamente".

"(Agora) compreendem que temos que conseguir a vitória (...) e levarei seus conselhos muito em conta", acrescentou.

Rodeado ainda pelo vice-presidente, Dick Cheney; pela secretária de Estado, Condoleezza Rice; e pelo chefe do Pentágono, Donald Rumsfeld, o presidente se mostrou mais uma vez otimista quanto aos progressos realizados até agora e decidido a manter sua política nesse âmbito.

"Temos uma estratégia para a vitória de via dupla. Por um lado, trabalharemos por um processo político que diga aos iraquianos: o futuro lhes pertence. E por outro, continuaremos trabalhando na situação de segurança", acrescentou.

A chave para o êxito dessa estratégia está em fazer com que os iraquianos possam combater o inimigo com suas forças de segurança, e segundo o presidente têm afirmado nos últimos dias, avanços importantes têm ocorrido.

Bush enviou, nesta quarta-feira, essa mesma mensagem - após revisar sua estratégia na guerra contra o terrorismo -, ao chefe do Pentágono e a outros comandantes militares; e na terça-feira, a outros membros de seu gabinete e de um grupo de promotores federais.

Suas contínuas aparições públicas e reuniões dedicadas a discutir a questão do terrorismo provam seu empenho a seguir em frente com a ofensiva verbal iniciada no final de ano para recuperar apoios e, sobretudo, para reconquistar a confiança dos cidadãos.

A popularidade de Bush tinha caído nos últimos meses a seus níveis mais baixos, inferiores a 40%, por uma série de motivos, como a falta de progressos visíveis no Iraque, o escândalos das escutas das comunicações de suspeitos de terrorismo sem autorização judicial, e as baixas no conflito iraquiano, onde já morreram cerca de 2.200 soldados americanos.

A estratégia elaborada pela Casa Branca parece começar a dar resultados, já que as últimas pesquisas de opinião indicam que Bush tem recuperado parte do terreno perdido.

Um dos participantes da reunião de hoje, o chefe do Pentágono na administração de Ronald Reagan, Frank Carlucci, disse que grande parte dos participantes do encontro pediu a Bush que mantenha a política de informação.

"Muita gente pediu ao presidente que continue com esse tipo de discursos que tem feito ultimamente para explicar sua política, reconhecendo que erros são e serão cometidos, e que o caminho a seguir é difícil, mas que conseguiremos triunfar", declarou Carlucci em entrevista à rede de televisão MSNBC.

O ex-secretário de Defesa durante o mandado de Richard Nixon, Melvin Laird, também apoiou o gesto de Bush e declarou à imprensa, quando deixava a Casa Branca, que ouviu hoje algumas coisas das quais não gostou e outras que sim.

Já Lawrence Eagleburger, secretário de Estado durante a Presidência de George H. W. Bush, pai do atual líder americano, afirmou que "houve algumas críticas", centradas basicamente na falta de transparência até agora mantida pela Casa Branca.




Fonte: EFE

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