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Internacional
Quinta - 05 de Janeiro de 2006 às 18:47

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Jerusalém - Ehud Olmert, um político de fala dura e direta, foi o mais firme aliado de Ariel Sharon durante a transformação do primeiro-ministro, de extremista em moderado. Com o súbito colapso da saúde de Sharon, Olmert assumiu as rédeas do governo israelense e tentou criar uma impressão de continuidade política e administrativa, mas reconheceu em uma reunião especial do ministério que a nação encontra-se em uma "situação grave".

"Arik não é apenas um primeiro-ministro e um líder, mas um amigo de todos nós", disse Olmert, referindo-se a Sharon pelo apelido. "Este é um momento difícil e permaneceremos unidos". A cadeira de Sharon na mesa de reuniões ficou vazia, sinal de que a nova posição de Olmert é apenas temporária.

Se o derrame que sofreu deixar Sharon incapacitado, Olmert poderá se tornar um dos principais candidatos ao posto de primeiro-ministro no pleito de 28 de março. Mas Olmert, aos 60 anos, provavelmente jamais terá a popularidade de seu mentor, o que coloca o futuro do novo partido fundado pelo premier, o Kadima, em dúvida.

Olmert foi o mais aguerrido defensor do plano de sharon de retirar tropas e colonos israelenses da Faixa de Gaza. Olmert serviu como ponta-de-lança de Sharon em várias oportunidades, sugerindo idéias antes que se tornassem política oficial.

"Olmert pode levar o crédito de ter patrocinado o desligamento (dos palestinos) antes de Sharon. Ele serviu na vanguarda, trazendo o plano ao público", disse o analista Yossi Alpher. Olmert foi eleito pela primeira vez para o Parlamento aos 28 anos, e serviu como legislador por sete mandatos, mantendo diversos cargos no ministério, Foi investigado várias vezes por corrupção, mas nunca chegou a ser condenado.

Regras para a sucessão Se o primeiro-ministro israelense ficar incapacitado, o vice-primeiro-ministro, Ehud Olmert, assume por 100 dias. Encerrado este prazo, o presidente do país reúne-se com os líderes políticos e encarrega alguém de formar um governo de coalizão.

Eleições: Os problemas físicos de Sharon não tenderão necessariamente a afetar as eleições marcadas para 28 de março. Mas poderá ter um impacto sobre o partido de centro que ele acaba de fundar, o Kadima. O partido, que está promovendo conversações de paz com os palestinos, gira em torno de Sharon.

Possíveis sucessores: O Kadima atraiu políticos de diversas tendências, incluindo muitos dissidentes do Partido Trabalhista e do Partido Likud. Se Sharon não puder concorrer ao cargo, entre os possíveis candidatos para substitui-lo figuram o ministro da Justiça, Tzipi Livni, o ex-primeiro-ministro, Shimon Peres, o ministro das Finanças e vice-primeiro-ministro, Ehud Olmert, e o ministro da Defesa, Shaul Mofaz.





Fonte: Agência Estado

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