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Agronegócios
Quinta - 05 de Janeiro de 2006 às 14:52

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Inconformados com o realinhamento da alíquota de 3% para 7% do imposto incidido sobre a comercialização do boi em pé fora de Mato Grosso, os pecuaristas vão se reunir na próxima semana com o secretário de Estado de Fazenda, Waldir Teis, cobrando uma explicação sobre essa decisão. De acordo com o diretor financeiro da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Eduardo Alves Ferreira Neto, a medida prejudica os pecuaristas, uma vez que desestimula os frigoríficos de outros estados a buscarem o animal vivo em Mato Grosso.

O diretor da Famato estima uma redução de até 60% nas vendas se a secretaria da Fazenda manter essa alíquota. "Estamos esperando o secretário Teis retornar das férias para que possamos agendar uma audiência ainda na próxima semana. Queremos explicações sobre os motivos que levaram o Estado a alterar novamente a alíquota após ter revisado o percentual", disse Ferreira.

Segundo ele, de julho a dezembro do ano passado, período em que vigorou o índice de 3% aplicado no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), foram vendidos entre 200 mil e 300 mil animais, 60% a mais que no igual período de 2004.

No semestre desse ano, saíram do Estado cerca de 130 mil bovinos vivos, nessa época a alíquota praticada era de 12,5%.

O diretor afirma que como as plantas frigoríficas de Mato Grosso não suprem a demanda dos pecuaristas, é fundamental escoar a produção de animal em pé para outros estados.

"Se manterem essa decisão voltarão os problemas da queda de preço e de represamento do rebanho, vividos pelos criadores até junho do ano passado, uma vez que as unidades frigoríficas existentes no Estado não atendem a demanda de abate do setor", ponderou o diretor.

De acordo com ele, a preocupação é de que novamente crie escala extensa como ocorrido até junho de 2005, quando a espera do boi no pasto chegou a 60 dias, onerando o custo de produção para o pecuarista.

Segundo Eduardo Ferreira, o rebanho de Mato Grosso deve atingir 28 milhões de cabeças em 2006, ampliando as dificuldades de abate interno do bovino.




Fonte: Só Notícias

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