Polícia não pretendia invadir

O coronel Antônio Benedito Campos Filho usou a tática do cansaço para vencer o ex-presidiário Cláudio Galvão. Para tanto, a equipe de negociação listava os pedidos e os atendia. Enquanto esperava o resultado, continuava a dialogar. A todo momento, ele dizia que iria libertar a ex-esposa, mas que se mataria depois.

Na tentativa de descobrir que tipo de artefato o ex-presidiário tinha em mãos, os policiais fizeram perguntas aos reféns libertados e faziam as equações. Além disso, contaram com a entrega de quatro bombas caseiras, sendo duas sem a pólvora. Então, descobriram que o poder de explosão tinha diminuído.

“Fizemos as contas e apostamos que a explosão não chegaria nem fora da área da casa. Ficamos mais tranqüilos”, ressaltou. Campos Filho assegurou que em momento algum havia planos de invasão para a libertação do refém, embora a movimentação de policiais apontasse para essa tática.

“Não pensamos nessa hipótese porque a prioridade era evitar mortes. E o saldo foi positivo, pois todos os reféns foram libertados e o seqüestrador preso. Essa é a polícia moderna”, destacou. No momento da explosão, Cláudio ainda gritou dizendo que a bomba havia falhado.