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Internacional
Quinta - 05 de Janeiro de 2006 às 12:48

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Mais de 600 mil pessoas foram afetadas e 97 mil tiveram de ser evacuadas devido às fortes tempestades de neve no noroeste da China, que enfrenta um dos invernos mais rigorosos dos últimos 20 anos, informaram fontes do Ministério de Assuntos Civis chinês. A maioria dos evacuados é de pessoas cujas casas desabaram ou sofreram danos devido às pesadas camadas de neve na região autônoma de Xinjiang, de maioria muçulmana.

As áreas mais afetadas são as proximidades da cordilheira do Altai (norte da região, limítrofe com a Mongólia), onde houve nevascas de força 8 que causaram danos "muito graves", segundo um responsável pelo Ministério em Xinjiang, Qu Songlin.

Nos primeiros dias do ano, a temperatura chegou a 43 graus abaixo de zero em algumas regiões, e foram formadas camadas de neve de até 120 centímetros, acrescentou, destacando que as zonas de criação de gado estão sofrendo graves danos econômicos.

Já foram recebidos auxílios humanitários de US$ 175 mil para os afetados, enquanto cerca de 18 grupos de ajuda em desastres naturais tentam desbloquear as estradas interditadas pela neve e atender aos evacuados.

Só em Altai, as perdas são calculadas em 8,8 milhões de euros, segundo a fonte oficial. Outra área montanhosa, em torno da cordilheira Tianshan, também foi atingida.

Grandes áreas de Xinjiang, com mais de 2 milhões de quilômetros quadrados, estão cobertas com camadas de neve de até 60 centímetros, informou Wang Zhenyao, responsável pela ajuda em desastres naturais do Ministério de Assuntos Civis.

Wang afirmou em entrevista coletiva que o mais urgente é garantir as comunicações na região, uma das mais pobres do país, e "assegurar que os evacuados não passem frio e tenham o necessário para comer".

Os responsáveis ministeriais expressaram sua preocupação com a piora da situação, já que continua nevando na região da Ásia Central.

Não houve informações sobre vítimas, mas existe o medo de ter havido grandes estragos para a pecuária local devido à falta de pastos e à impossibilidade de chegar por estrada para transportá-los, o que pode afetar uma população majoritariamente nômade e criadora de gado.

O Escritório Meteorológico da China previu recentemente que o país terá o inverno mais frio desde 1986. No entanto, em Pequim (com exceção dos últimos dias), as temperaturas têm sido mais moderadas que em anos anteriores.





Fonte: EFE

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