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Politica Brasil
Quinta - 05 de Janeiro de 2006 às 09:44

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O secretário-chefe da Casa Civil, Luiz Antônio Pagot, vistoriou na manhã desta quarta-feira (04.12) as obras de recuperação e restauração do Instituto Histórico de Mato Grosso (IHGMT) e do Cine Teatro Cuiabá, na Capital. Ele visitou as dependências dos prédios acompanhado do secretário-adjunto de Infra-estrutura, Afonso Dalberto.

No Instituto Histórico de Mato Grosso, localizado na rua Barão de Melgaço, Pagot foi conduzido pelo arquiteto Estevão Manoel Alves Correa, especialista em recuperação de patrimônios históricos da empresa Mato Grosso Memória, responsável pelo gerenciamento da execução dos serviços. Estevão relatou ao secretário os detalhes dos serviços de recuperação de portais, janelas, pisos, batentes, dobradiças, forros, telhados e outros componentes da construção, além de explicar a importância da manutenção da sua arquitetura original.

De acordo com Estevão Correa, o trabalho é realizado com a preocupação de preservar ao máximo os detalhes originais do prédio que também abriga a Academia Mato-grossense de Letras. “Este prédio foi a antiga casa do Barão de Melgaço e sua construção é datada de 1790 sendo uma das primeiras erguidas na cidade desde a sua fundação”, destacou o arquiteto. Com cerca de 400 metros quadrados de construção, o prédio possui um espaço para a biblioteca da Academia e dois auditórios entre outras dependências. O secretário-Adjunto da Sinfra informou que estão sendo investidos nas obras de recuperação e restauração do IHGMT o valor total de R$ 530 mil em recursos oriundos dos cofres do Governo do Estado.

Conforme Estevão, o estado precário da construção exige a necessidade de fazer o trabalho de drenagem para evitar infiltrações e o reforço nas estruturas para manter as paredes de pé. O arquiteto lembra que durante mais de 15 anos a maioria dos prédios considerados patrimônios históricos de Cuiabá não tiveram a atenção de nenhum governo municipal ou estadual e por isso hoje eles se encontram em péssimo estado de conservação, sem falar de casarões importantes que já foram abaixo no Centro Histórico de Cuiabá.

Para o professor Citadino Carrara, tesoureiro da Academia Mato-grossense de Letras, os artistas e todos aqueles que militam na área cultural têm muito a agradecer não só ao secretário de Estado de Cultura, historiador João Carlos Vicente Ferreira, “um incansável batalhador da Cultura, mas principalmente a este Governo que tem priorizado a recuperação dos patrimônios históricos de Cuiabá e em outros municípios antes que não sobre mais nada”, enfatizou.

Segundo ele, com a recuperação do auditório a Academia terá condições de alugá-lo para eventos, tirando daí recursos para a sua própria sobrevivência. Segundo Estevão Correa, a previsão é de que até março as obras estejam concluídas e o prédio deverá ser entregue totalmente recuperado e restaurado.

CINE TEATRO CUIABÁ – Na seqüência, o secretário visitou as dependências do Cine Teatro Cuiabá, onde o Governo do Estado está investindo R$ 577,39 mil, por meio da Sinfra, e as obras estão sendo executadas pela empresa Geosolo Engenharia, Planejamento e Consultoria.

Segundo o secretário de Estado de Cultura, a recuperação do antigo Cine Teatro Cuiabá abrigará, além de salas para exibição cinematográfica, espaços para exposições de trabalhos artísticos e salas de eventos e oficinas culturais tornando-se um verdadeiro complexo cultural de fácil acesso.

Entre os trabalhadores que executam a obra, um deles conta de modo especial sobre o prédio que animou gerações da Cuiabá antiga. O ex-chefe de obras e carpinteiro responsável pela recuperação do telhado do Cine Teatro, Setembrino Aparecido Neves, de 69 anos disse que a recuperação do prédio é uma obra muito boa do Governo do Estado porque ele não ficará abandonado e terá outro uso.

Ele lembra que conheceu sua esposa e começou a namorá-la nas sessões de cinema. “Vivia lotado e eu sempre vinha nas matinês e nas sessões da noite”, observou. Há 40 anos em Cuiabá, Setembrino tem duas filhas e conta com saudosismo a importância do Cine Teatro como ponto da juventude da época. “Eu trabalhei na construção do Excelsior Hoterl e na construção do edifício Donas Joaquina no tempo em que nem existia o Palácio Alencastro, era só umas casinhas baixas de frente para um descampado”, assinalou.





Fonte: Só Notícias

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