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Politica Brasil
Terça - 03 de Janeiro de 2006 às 14:45
Por: Maria Clara Cabral

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No primeiro dia efetivo de trabalho no Congresso neste ano, as críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva continuam. No início dos depoimentos da CPI dos Correios, o relator Osmar Serraglio (PMDB-PR) fez duras críticas às afirmações feitas pelo presidente no começo desta semana. » Tudo sobre a crise no governo Segundo o deputado, os parlamentares vivem em um grande júri popular, que farão os julgamentos diretos. "Não adianta mais intermediários. Quem está interpretando é quem vai julgar", afirmou Serraglio em resposta a isenção de culpa feita pelo presidente com relação as denúncias de corrupção. Serraglio disse que a opinião pública fica perplexa quando dizem que o mensalão não aconteceu. "Pela primeira vez as CPIs estão acontecendo em tempo real. Esta é uma CPI totalmente midiática, não tem como esconder nada da população", declarou. O relator afirmou ainda que o fato de Lula estar se defendendo das acusações e acusando o PT é uma clara demonstração de medo. "Quem está na defensiva não quer enxergar os fatos novos que já vêm aparecendo há algum tempo na política nacional." Júri pupular Serraglio disse que a CPI passa, na realidade, por um júri popular. Para Serraglio, não serão advogados, autoridades ou o relatório final que convencerão as pessoas sobre as conclusões das investigações, mas a própria população, pelo que está vendo ao acompanhar os trabalhos das comissões parlamentares de inquérito, que estão sendo transmitidos pelas emissoras de rádio e televisão. O relator da CPI também sugeriu que pode haver uma troca de partido para evitar as punições pelo Conselho de Ética e pelas CPIs. "Espero que não seja verdadeira aquela engenharia de 'eu ajudo seu partido, você ajuda o meu partido e nós vamos abafar o que está acontecendo", afirmou. Segundo Serraglio, "ainda resta uma esperança", pelo voto em outubro, de que os deputados que não forem punidos agora, sejam punidos pela população em outubro. "Ai dos partidos que estão sendo investigados e assim se comportarem", disse. As declarações de Serraglio foram motivadas por notícias de que um parlamentar governista apresentaria um relatório paralelo ao fim dos trabalhos da comissão, com conclusões diferentes das do relator. Para o deputado, as pessoas estão firmando seu próprio juízo de convencimento, à medida que têm acesso aos depoimentos e provas, e não apenas estão fazendo uma análise fria das provas encontradas. Para Serraglio, a afirmação de algumas autoridades de que não há provas se dá porque esses membros do governo não têm tempo de acompanhar as reuniões da comissão, ao contrário da população em geral que, segundo ele, está assistindo assiduamente aos trabalhos. Osmar Serraglio achou positivo o fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconhecer que houve erro do Partido dos Trabalhadores, mas sugeriu que não ocorra, na Câmara, proteção a parlamentares envolvidos no escândalo com objetivo de abafar o caso.




Fonte: Terra

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