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Agronegócios
Quinta - 29 de Dezembro de 2005 às 20:30
Por: Gladson Angeli

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Termina hoje o prazo para que agricultores realizem a destruição dos restos da cultura do algodão no estado de Mato Grosso. Durante o mês de setembro, técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea) fiscalizaram a destruição das soqueiras em propriedades de todo o estado. Pela legislação de sanidade vegetal esta prática deve ser efetuada pelo produtor com a destruição da planta após a colheita.

Segundo o presidente do Sindicato Rural de Primavera do Leste, José Nardes, a destruição das soqueiras é de suma importância para o produtor e para a plantação. "Se este trabalho não for realizado o bicudo fica na planta e passa para a próxima cultura. Nós temos um problema, também, com a soja em função da ferrugem. Seria a mesma questão. Fica o inócuo na planta que não morre durante o período da seca. E ela passa para o próximo plantio. É por isso que produtores, também não devem deixar restos do cultivo da soja nas áreas de plantio" aconselha.

O Indea determina que o não cumprimento da atividade poderá acarretar desde advertência, multa e até a perda dos incentivos fiscais do Programa de Apoio à Cultura do Algodão de Mato Grosso (Proalmat).

Com uma produção de 1,5 milhão de toneladas na safra 20042005, cultivada numa área de 425.200 hectares, e uma produtividade de 3.660 quilos por hectare, Mato Grosso é líder nacional na produção de algodão. A evolução da pluma no Estado deve-se ao emprego de novas tecnologias, destacando-se a destruição de soqueiras.

Caso os restos da cultura do algodão não sejam destruídos no final da safra, o número de bicudos sobreviventes, para o próximo ano de cultivo, pode superar o dobro. Isto se deve à existência de soqueira não destruída, que tende a rebrotar e, desta forma, transformar-se em locais de reprodução e sobrevivência de outras pragas e doenças, entre uma safra e outra.

Essa prática visa a diminuir a taxa de sobrevivência na entre safra, além de ser uma técnica eficaz no controla da lagarta-rosada e brocas, reduzir infestações iniciais de pulgões e diminuir fontes de inoculo de doenças como as viroses.

Nardes afirma que em Primavera 90% dos agricultores já estão destruindo as soqueiras logo após a colheita Aqueles que mais cuidam, destroem logo depois da colheita.

"Se o produtor retardar a destruição, o bicudo pode completar o ciclo de vida e vai acabar atacando no próximo ano. Tem pesquisas que mostram que o bicudo provoca perdas de 50% nas lavouras. Em alguns casos podendo chegar até a 70%, se não for combatido a tempo". O jornal procurou o Indea para saber como está a fiscalização em Primavera. Porém, fomos informados que o engenheiro agrônomo, responsável por essa questão, está de férias e só deve retornar ao trabalho na segunda-feira.




Fonte: Folha Primavera

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