AOL Brasil faz acordo para passar base de assinantes ao Terra

A unidade brasileira da America Online Latin America (AOLA) fechou acordo de venda de sua base de assinantes para o provedor de Internet Terra Networks no país. A AOLA está em processo de proteção contra falência desde junho deste ano nos Estados Unidos.

Segundo fonte próxima das empresas, a base de usuários da AOLA no Brasil "não chega a ser de duas centenas de milhares de assinantes". A fonte informou que as empresas negociavam "há muito tempo", e que o acordo foi fechado recentemente. Não foi informado o valor da transação.

Representantes do Terra não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto.

"A AOLA está mandando para a SEC e para a Corte de falências de Delaware o acordo que propõe a venda da base de assinantes ao Terra", informou a assessoria de imprensa da America Online Brasil.

A operação envolve um valor mínimo que será pago pelo Terra à AOLA, mais um adicional que será pago pela transferência de cada assinante até um limite máximo não revelado, informou a assessoria.

A corte de falências terá cerca de um mês para aprovar o acordo das empresas. Depois disso, as companhias começarão um esforço de marketing para convencer os assinantes da America Online Brasil a aderirem ao Terra, que deve encerrar 2005 com cerca de 2 milhões de clientes de serviços de acesso à Internet.

Depois da mudança da base, a America Online Brasil decidirá o destino dos ativos remanescentes no país.

Criada em 1998 pela gigante de Internet norte-americana para ocupar espaço no então crescente mercado latino-americano de provimento de acesso, a AOLA enfrenta falta de capital desde que os sócios desistiram de injetar mais dinheiro na empresa.

A companhia anunciou em março que somente tinha recursos para bancar suas operações até o terceiro trimestre deste ano e que estudava uma possível venda de toda a companhia.

No final de abril, o Conselho de Administração da AOLA aprovou corte de funcionários para melhorar a situação financeira, eliminando 91 postos de trabalho, dos quais 76 no Brasil. O custo foi de 596 mil dólares.