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Cultura
Quinta - 29 de Dezembro de 2005 às 07:38
Por: João Luiz Sampaio

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Em 2005, a Universal, que engloba os selos internacionais de música erudita Phillips, Decca e Deutsche Grammophon, voltou a lançar CDs e DVDs em edição nacional. Assim, chegaram por aqui, com preços mais acessíveis, coletâneas de Pierre Boulez, uma coleção de grandes gravações de ópera do acervo da Phillips, os novos álbuns de Nelson Freire e da soprano sensação do momento, a russa Anna Netrebko. É pouco, mas já é um avanço. A EMI esboçou uma reação, com um DVD/CD de gosto questionável da soprano Kiri Te Kanawa interpretando canções tradicionais da Nova Zelândia e árias célebres. Se ficou só nisso, é como se nada tivesse acontecido.

Mas foram discos feitos e lançados aqui que mais marcaram o mercado fonográfico brasileiro em 2005. A Biscoito Fino lançou o segundo volume da integral da obra para piano de Cláudio Santoro por Gilda Oswaldo Cruz. Lançou também um selo especial dedicado à Sinfônica do Estado, pelo qual saiu a primeira parte da integral das sinfonias de Beethoven. A mesma Biscoito Fino reuniu em uma caixa com dez discos quase 20 anos de gravações do pianista Miguel Proença de obras de autores brasileiros. E apostou, com razão, em Marcas d"Água, disco precioso em que Cristiano Alves e Tamara Ujakova interpretam composições para clarineta e piano.

A Kuarup editou a primeira gravação profissional de Villa-Lobos na Europa, feita em 1954 na Alemanha, com o Choros nº 6 e a Bachiana nº 7. A Osesp, pelo selo BIS, lançou o primeiro volume da integral das "Bachianas", com regência de Minczuk. Mais Villa: a Academia Brasileira de Música lançou o CD A Obra de Câmara para Sopros de Heitor Villa-Lobos; e, no início do mês, chegou Villa-Lobos em Paris, disco dirigido por Gil Jardim em que é recriado o primeiro concerto do compositor em Paris, evidenciando o modo como aquela primeira ida à Europa e o contato com músicos como Stravinski seria fundamental em sua trajetória.

Na semana passada, o grupo vocal Calíope colocou nas lojas seu novo disco, com música sacra de Alberto Nepomuceno e Henrique Oswald. O selo Clássicos, da Revista Concerto, editou no primeiro semestre a integral das suítes para violoncelo de Bach, marco da carreira de Antonio Meneses; e, no segundo, foi a vez dos estudos para piano de Scriabin por José Eduardo Martins.




Fonte: AE

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