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Domingo - 25 de Dezembro de 2005 às 10:47
Por: Fábio Rego Barros

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Centralizar a trama em alguns poucos personagens, no estilo dos antigos folhetins. E rechear a trama de capítulos de ação, com tiroteios, cavalgadas e perseguições estonteantes entre mocinhos e bandidos, típicas dos grandes westerns. Essa é a estratégia da equipe de produção de Bang Bang para tentar despertar o interesse do público para a novela, quase dois meses após a saída de seu idealizador, Mário Prata, que alegou motivos de saúde.

Para auxiliar na missão, a equipe conta com a colaboração do experiente autor Carlos Lombardi, que há três semanas atua como consultor em dramaturgia. Desde sua entrada, Lombardi incentiva os roteiristas a dar um tom mais movimentado e para cima à narrativa de Bang Bang.

Ele afirma que, por enquanto, não pretende diminuir nenhum núcleo de personagens e não revela se vão aparecer novas figuras na fictícia cidade de Albuquerque. "Estamos adaptando o que temos de acordo com as necessidades", tergiversa.

Para o diretor de Bang Bang, Ricardo Waddington, a consultoria de Lombardi está sendo excelente para a equipe de produção da novela.

Não é a primeira vez que Lombardi é chamado para "reerguer" uma produção da Globo com pouca audiência, como foi o caso de Coração de Estudante, exibida em 2002. Na época, a produção também não estava atingindo as expectativas, mas com a colaboração de Lombardi, em poucos meses, a novela se recuperou.

Segundo o diretor, mesmo com a curta participação do dramaturgo - aproximadamente 15 dias -, não será tão difícil repetir o feito. A razão das atuais dificuldades de Bang Bang, para ele, não é por se tratar de uma história que se passa no Velho Oeste ou por ter personagens com nomes em inglês, mas sim porque o autor Mário Prata procurava dar um peso igual na história de todos os personagens. Para Waddington, esse fato causou estranheza no público, acostumado a ver novelas centralizadas somente em um grupo de personagens.

"O Lombardi nos ajuda a entender o universo do Prata e adaptar a história ao gosto do público", explica o diretor.

Com quase dois meses e meio em exibição, Bang Bang ainda não atingiu a casa dos 30 pontos de audiência, considerada ideal para uma novela das 19h da emissora - atualmente fica em torno dos 25 pontos.

O autor Mário Prata, que se afastou do projeto logo nas primeiras semanas de exibição, nega-se a falar da novela ou a comentar o trabalho realizado até então pela equipe de produção. Para ele, que na ocasião do lançamento se dizia satisfeito por levar à TV uma história que existia há 20 anos em sua cabeça, Bang Bang é um projeto descartado. "Estou com problemas de saúde e não quero mais saber de Bang Bang", encerra.

No entanto, a atual autora Márcia Prates vê a nova fase de Bang Bang com bons olhos. Ela afirma que a real preocupação da equipe de produção não está nos pontos de audiência, mas sim em tentar tornar uma história tão diferente num atrativo cada vez maior para o público. Para ela, a roupagem folhetinesca sugerida por Lombardi soma, em todos os quesitos, para a trama. "As novas características funcionam. Estamos satisfeitos", empolga-se.

O ator Bruno Garcia, que interpreta o protagonista Ben Silver, compartilha da opinião e diz que as inovações na trama de Bang Bang são interessantes e reforçaram as características de todos os personagens envolvidos na história.

Garcia adianta que Ben Silver, além mais ativo, terá alguns aspectos destacados, como o mistério em torno de seu passado e o romance com a mocinha Diana, interpretada pela atriz Fernanda Lima. "Tudo está mais atraente e inovador. O público vai curtir", afirma o ator com convicção.




Fonte: TV Press

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