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Segunda - 19 de Dezembro de 2005 às 12:05
Por: Raquel Ferreira

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A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) definiu o rio Cuiabá como uma de suas prioridades no planejamento de suas ações. No mês de setembro, a Sema deu início à maior operação já realizada na história do rio, com o objetivo de recuperá-lo e evitar que a degradação ambiental continue matando um dos principais rios de Mato Grosso, através do projeto “Revitalização do rio Cuiabá”.

Entre os trabalhos que serão desenvolvidos pelo órgão ambiental do Estado constam a regularização e adequação de atividades poluidoras, como dragas, indústrias instaladas às margens do rio que emitem efluentes no leito do Cuiabá, hortas e pisciculturas que provocam a degradação da mata ciliar.

Idealizado pela secretaria do Meio Ambiente, o projeto será realizado em três etapas e terminará com um grande debate envolvendo as prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande, Governo do Estado e entidades civis, como Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Federação das Indústrias (Fiemt), Organizações Não Governamentais (Ongs) e Federação dos Pescadores, sobre as ações concretas que deverão ser realizadas para revitalizar o rio que dá nome à capital de Mato Grosso.

À Sema caberá o levantamento sobre a real situação do rio Cuiabá e a regularização dos empreendimentos instalados às margens do rio. Na primeira etapa realizada pelo ar, através de um sobrevôo, a equipe de fiscalização da secretaria, identificou vários pontos de poluição, provocados por atividades desordenadas como dragas, retirada de argila, criatórios de peixes e porcos, hortaliças e casas construídas sobre áreas de preservação permanente.

Indústrias estão emitindo efluentes no leito do rio, que também é afetado com o esgoto urbano despejado diretamente sobre a água sem nenhum tipo de tratamento. Outra ameaça ao rio Cuiabá é o lixo doméstico, que não recolhido pelos caminhões de coleta tem como destino os córregos e canais de esgoto, que levam toda a sujeira para o rio Cuiabá. A qualidade da água, usada para abastecer a população cuiabana também será analisada pela equipe, que é composta por funcionários das superintendências de Ações Descentralizadas, Biodiversidade, Gestão Florestal, Defesa Civil e Infra-estrutura, Mineração e Indústria.

O resultado deste trabalho será amplamente debatido com a sociedade organizada, através de um workshop que será organizado pela Secretaria do Meio Ambiente. O objetivo é chamar todos os envolvidos e responsáveis pela degradação do rio Cuiabá, para recuperá-lo. As ações vão desde o replantio da mata ciliar, ao tratamento do esgoto despejado sobre o leito do rio Cuiabá.

Em 2006 deverão ser investidos R$ 20 milhões do Programa Pantanal em Mato Grosso. O secretário do Meio Ambiente, Marcos Machado, garantiu que a prioridade será o rio Cuiabá. Os recursos serão destinados ao tratamento de esgoto em Cuiabá e Várzea Grande e na construção de Aterros Sanitários para o tratamento do lixo produzido pelas cidades que fazem parte da chamada Baixada Cuiabana, como Acorizal, Jangada, Rosário Oeste e Santo Antônio de Leverger. “Não adianta apenas evitar a degradação das margens, se o esgoto e o lixo são depositados no rio” diz Marcos Machado, justificando a necessidade dos investimentos nesses municípios.





Fonte: Da Assessoria

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