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Internacional
Segunda - 19 de Dezembro de 2005 às 02:47

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Bush pede a cidadãos americanos para "não se renderem" na guerra

Washington - O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pediu neste domingo aos cidadãos de seu país para "não se desesperarem e não se renderem" na guerra no Iraque e na luta contra o terrorismo.

Em um discurso à nação sobre o Iraque, o primeiro do Salão Oval desde o começo da guerra, Bush fez uma avaliação sóbria da situação no país árabe e reconheceu que os revezes sofridos levantaram a dúvida sobre "se estamos criando mais problemas do que resolvendo".

O presidente, que fecha com este discurso uma semana na qual esteve acossado pelas revelações que autorizou espiar seus próprios cidadãos, utilizou uma linguagem muito mais humilde do que em ocasiões anteriores e afirmou que "não espero que vocês apóiem tudo o que eu faço".

O discurso à nação representa o final de uma série formada por outros quatro discursos em distintas localidades na qual o presidente expôs sua estratégia para o país árabe, da qual as eleições realizadas na quinta-feira passada representam a pedra angular.

Segundo Bush, as eleições "não significarão o final da violência", mas "são o começo de algo novo: a democracia constitucional no centro do Oriente Médio".

"Este voto, a 10.000 quilômetros de distância, em uma região vital para o mundo, significa que os EUA têm um aliado cada vez mais forte na luta contra o terrorismo", declarou.

O presidente voltou a reconhecer que "muitos americanos têm dúvidas sobre o custo desta guerra". A maioria dos cidadãos, segundo as pesquisas, se opõe à guerra, uma tendência que foi aumentando de maneira notável nos últimos meses.

Guerra sem fim Em sua mensagem, Bush insistiu na necessidade de seguir adiante na guerra no Iraque, apesar das dúvidas destes cidadãos, porque "vejo um movimento terrorista global que explode o Islã em benefício de objetivos políticos radicais" que vêem o mundo "como um campo de batalha gigantesco" e "buscam nos atacar onde possam".

"Isto atraiu a Al Qaeda para o Iraque, onde tenta nos assustar e intimidar para uma política de retirada", sustentou, antes de agregar que "derrotaremos os terroristas detendo-os e matando-os no estrangeiro".

"Este trabalho foi especialmente difícil no Iraque, mais difícil do que esperávamos", admitiu.

Em um tom humilde, reconheceu que "os esforços de reconstrução e de formação das forças de segurança iraquianos começaram mais lentamente do que esperávamos" e "seguimos vendo violência e sofrimento, causado por um inimigo decidido e brutal".

Bush prometeu que "continuaremos escutando as críticas sinceras e faremos as mudanças que nos ajudem a completar nossa missão".

No entanto, "há uma diferença entre as críticas honestas que reconhecem o que está ruim e os pessimistas que se negam a ver o que possa estar bem", afirmou, em uma alusão aos democratas que pediram um calendário de saída para as tropas americanas.

O presidente negou a possibilidade de fixar um calendário e assegurou que qualquer decisão para diminuir o número de tropas no Iraque - atualmente quase 160.000 - será tomada após debates com as autoridades militares.




Fonte: EFE

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