Henry se diz tranqüilo, mas não comemora absolvição de Queiroz

O deputado federal Pedro Henry (PP), acusado de envolvimento no mensalão, se recusa a relacionar a absolvição de Romeu Queiroz (PTB-MG) com os demais casos analisados pelo Conselho de Ética da Câmara. Evitando demonstrar otimismo com a decisão de anteontem, alega que não quer pressionar o relator Orlando Fantazzini (PSOL-SP).

Henry afirmou que está tranqüilo em relação ao processo, que pode se arrastar até o dia 16 de abril, já que foi prorrogado pelo Conselho por mais 90 dias. A sua tese se fundamenta principalmente no relatório da Corregedoria da Câmara, que diz nada ter sido encontrado comprovando a ligação de Henry aos saques nas contas bancárias do publicitário Marcos Valério.

“Estou tranqüilo, mas não estou acompanhando muito essa questão porque não quero dar uma conotação de pressão encima do relator”, resumiu ontem Henry, durante solenidade comanda pelo governador Blairo Maggi (PPS) na qual foram entregues 377 viaturas à Polícia Militar.

Henry ainda lamentou a lentidão com que a Câmara analisa os 12 processos. A demora se deve principalmente à dúvida do presidente da Casa, Aldo Rebelo (PC do B-SP), sobre como vão funcionar os trabalhos do Legislativo durante a convocação extra de fim de ano.

A acusação contra Henry tem apenas o testemunho do deputado cassado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que lhe acusa de ser um dos articuladores do pagamento de propina a parlamentares da base aliada ao presidente Lula, o chamado ‘mensalão’.