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Cidades/Geral
Quinta - 15 de Dezembro de 2005 às 07:11
Por: Lígia Tiemi Saito

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O procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Paulo Prado, afirma que irá tomar todas as medidas necessárias para mandar o ex-prefeito de Tangará da Serra, Jaime Muraro (PFL), de volta à cadeia o mais rapidamente possível. Ele revela que irá recorrer da decisão do Tribunal de Justiça (TJ) - que no início da semana concedeu habeas corpus para que o pefelista responda a dois processos em liberdade - junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). "Vamos fazer de tudo para que a população de Tangará ganhe de presente neste Natal o retorno dele à prisão".

Numa crítica direta ao Judiciário, Prado afirma que falta "coragem legal" ao Poder para manter "poderosos e abastados" atrás das grades. Destaca que apenas pobres permanecem na prisão. Repudiando a atitude do ex-gestor, o procurador assinala que Muraro fez grandes falcatruas, como uso de dinheiro público em benefício próprio e licitações fraudulentas, que colocaram em risco o futuro do município. Ele reclama da decisão do TJ, que liberou o pefelista como se nada tivesse acontecido e como se ele fosse "homem de bem". Após passar 73 dias preso, Muraro foi liberado na última segunda-feira.

"Assim a sociedade perde a crença no Judiciário". Prado revela que todo o núcleo de recurso da PGJ está estudando os melhores caminhos para que os recursos a serem interpostos sejam acatados pelo STJ. O promotor Vinícius Gahyva, um dos responsáveis pelo pedido de prisão de Muraro, ressalta que no total existem 12 processos envolvendo o ex-gestor em tramitação. Até agora foram decretados três pedidos de prisão. "Ele é um ícone de impunidade e de corrupção no Estado".

Ari Madeira, outro promotor responsável pelo caso, diz que, apesar da soltura, nada impede novo decreto de prisão caso surja algum fato que respalde o pedido. Por enquanto, pesam contra Muraro duas ações penais, iniciadas por denúncia do MPE. Todas de improbidade administrativa. Ele foi denunciado por utilizar dinheiro da prefeitura para pagar a banca de advogados Bridi por trabalho de ordem pessoal. Teve a prisão decretada em 30 de setembro. Poucos dias depois, a Justiça acatou novo pedido. Dessa vez por fraude no processo licitatório da construção do laboratório da Unemat. Muraro administrou Tangará por dois mandatos. Mas por conta de outros processos foi retirado do cargo por quatro vezes.




Fonte: Gazeta Digital

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