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Internacional
Quarta - 14 de Dezembro de 2005 às 19:10

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O senador republicano John McCain e a Casa Branca continuam o diálogo sobre uma emenda que proíbe a tortura de detidos, mas ainda não chegaram a um acordo, disseram hoje fontes legislativas.

McCain é o autor de uma emenda - incluída no projeto de lei de despesas militares para o ano fiscal de 2006 - que proíbe o tratamento ou castigo "cruel, desumano e degradante" dos prisioneiros sob custódia dos Estados Unidos.

"Continuamos conversando", disse o senador republicano, pouco antes de iniciar uma reunião com o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Stephen Hadley.

Os congressistas querem aprovar os projetos pendentes antes de iniciar o recesso das festas de final de ano, mas a Casa Branca mantém uma campanha de pressão para diluir a emenda.

O Governo dos EUA considera que a emenda de McCain limita a capacidade do país de prevenir mais ataques terroristas.

Altos funcionários do Governo sugeriram que a emenda faça algumas exceções para certos interrogadores, de modo que estes tenham alguma proteção se forem solicitados.

McCain, que sofreu torturas quando foi prisioneiro de guerra no Vietnã, já tinha mantido conferências telefônicas com Hadley antes da reunião de hoje.

O senador republicano disse que não fará concessões, porque acha que a imagem dos Estados Unidos como bandeira dos direitos humanos está em jogo.

A subsecretária de Estado para a Diplomacia Pública, Karen Hughes, disse hoje em um programa da rede de televisão CBS que McCain e Hadley "chegarão a um consenso", porque "a meta é deixar claro que os EUA são uma nação de leis".

Os Estados Unidos aplicam sua política sobre o tratamento dos detidos observando "nossas leis, nossas obrigações internacionais", sem chegar à tortura, disse Hughes.

O Senado já tinha aprovado - com 90 votos a favor e nove contra - a emenda de McCain, mas esta tem que ser aprovada de forma definitiva após a harmonização do projeto de despesas militares durante um processo bicameral.

As operações encobertas dos EUA, as supostas prisões clandestinas da Agência Central de Inteligência (CIA) e, em particular, denúncias de maus-tratos das pessoas detidas na luta global contra o terrorismo geraram fortes críticas dentro e fora do país.





Fonte: EFE

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