Principal transmissor da doença, o rato silvestre será analisado por um período mínimo de dois anos. Pesquisador explica que resultado virá a longo pr
A missão da equipe é implantar no município o projeto “Dinâmica populacional de roedores silvestres e o grau de infecção por hantavírus na Microrregião do Médio Norte do Estado”, que consiste na captura do rato silvestre, que é o reservatório natural e principal transmissor da hantavirose, durante um período mínimo de dois anos.
As armadilhas serão colocadas em diversos pontos do município. Até o momento já foram confirmadas as fazendas Campo Belo e Machadinho. No total serão entre seis e oito locais diferentes de captura. De acordo com o sanitarista do Ministério da Saúde, Mauro Rosa Elkhoury esses locais serão definidos após os trabalhos preliminares da pesquisa.
A definição dos locais definitivos de captura seguirá critérios como a diversidade de ambientes e os resultados das capturas preliminares, com a incidência, ou não, de roedores de hantavirose nas áreas já analisadas. O pesquisador explica que é preciso ter certeza que os ambientes escolhidos não serão modificados num período de dois anos. Mauro Elkhoury alerta que não há uma data prevista para as primeiras informações resultantes da pesquisa. “Não temos interesse em resultados imediatos, nós queremos resultados a longo prazo e eles serão divulgados através de relatórios a cada seis meses”.
Esclarecimento
Por ser um projeto inédito no Brasil a pesquisa tem despertado interesse da mídia recebendo ampla divulgação. Entre as várias matérias produzidas pelos veículos de comunicação do Estado foi divulgada a informação de que Campo Novo do Parecis concentraria 80% dos casos de hantavirose de Mato Grosso. A coordenadora de Saúde Coletiva e Saneamento Básico do município, Ângela Kohl explica que Campo Novo foi responsável por cerca de 50% das notificações da região. “Isso porque o município também recebe muitas pessoas, principalmente trabalhadores, das propriedades rurais das cidades vizinhas e a equipe de Vigilância Epidemiológica desempenha um bom trabalho na identificação desses casos”, esclareceu.
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