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Politica Brasil
Terça - 13 de Dezembro de 2005 às 07:36

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Parlamentares do PFL prometeram dificultar a aprovação do Orçamento da União de 2006. Para dirigentes da legenda, cabe ao governo mobilizar sua base para a votação. "Está atrasada (a votação) porque a maioria, que é do governo, não se mobilizou", afirmou nesta segunda-feira o deputado Rodrigo Maia (PFL-RJ), líder do partido na Câmara.

O deputado acha "muito difícil" que a votação ocorra até quinta-feira, último dia antes do recesso parlamentar e data-limite para a apreciação do projeto orçamentário do ano que vem. Sem a convocação extraordinária do Congresso, rejeitada pelo governo, a votação ficaria para meados de fevereiro. Com isso, o Executivo ficaria impedido de executar a maioria dos gastos.

"Querer aprovar o Orçamento com o acordo da oposição não. Eles que façam um esforço e peçam aos mensalistas para estarem presentes e assim eles vão conseguir aprovar o Orçamento", disse o senador Jorge Bornhausen (SC), presidente do PFL, referindo-se ao escândalo do mensalão.

Os dois pefelistas compareceram em São Paulo ao lançamento de livro de Claudio Lembo, vice-governador do Estado pela legenda.

O partido afirma ainda que não pode ser culpado, como quer o governo, se o Orçamento não for votado nos últimos dias do ano. "Não podemos aprovar a peça orçamentária de qualquer jeito, sem cumprir a legislação e o regimento da Casa", diz Rodrigo Maia. Ele alerta ainda que o partido não fará acordo para aprovar o projeto.

Salário mínimo O Orçamento prevê salário mínimo de R$ 321, mas o governo vem analisando valores entre R$ 340 e 350, ainda abaixo do que pretendem as centrais sindicais, de um mínimo R$ 400.

"Um salário mínimo de R$ 350 não cobre a promessa do presidente da República, que foi dobrar o salário mínimo real. Ele não vai cumprir nem a promessa de reajuste nominal", disse Bornhausen.

Quando Lula assumiu, o mínimo era de R$ 200 e para conceder reajuste acima da inflação, o valor seria de mais de R$ 400 em 2006, último ano do mandato. A oposição chegou a aprovar R$ 384 neste ano, mas o valor acabou derrubado e a proposta do governo de R$ 300 reais foi vencedora.

"Esta questão é de prioridade orçamentária. Se o governo dirigir recursos suficientes para um salário mínimo melhor, não há porque a oposição estar contra", disse Bornhausen.




Fonte: Reuters

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