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Internacional
Segunda - 12 de Dezembro de 2005 às 11:09

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Centenas de pessoas se manifestaram hoje no bairro de Achrafie e no centro de Beirute, no Líbano, em frente à sede do jornal libanês An Nahar, em protesto contra o assassinato de seu co-proprietário e político anti-Síria, Gebran Tueini. O jornalista e deputado, de 48 anos e cristão ortodoxo, foi vítima de um brutal atentado com carro-bomba esta manhã quando atravessava em seu carro 4X4 blindado o bairro de Mkales, uma área industrial cristã no periferia sudeste da capital.

Logo após a divulgação da notícia, as lojas no bairro cristão de Achrafie fecharam e dezenas de pessoas, entre choro e fúria, saíram espontaneamente à rua para protestar e queimaram alguns pneus.

Todos acusam o regime de Damasco de estar por trás do atentado assim como o de 14 de fevereiro, que tirou a vida do ex-primeiro-ministro Rafik Hariri, disse à EFE um dos manifestantes.

Enquanto a população ia às ruas, o comitê de crise das forças de segurança libanesas fez uma reunião urgente em que decidiu propor a formação de uma comissão internacional para investigar os atentados ocorridos no último ano e meio no país.

O ministro da Informação, Ghazi Aridi, anunciou que a sugestão será levada ao Gabinete esta tarde. O líder do partido xiita libanês Amal e presidente do Parlamento, Nabih Berri, anunciou que realizará investigação paralela sobre o assassinato de Tueni.

O deputado Samir Franjieh atacou o regime libanês e insistiu que não se pode manter uma estrutura que pertence ao passado e impede o Governo de tomar as decisões necessárias para manter a segurança no país.

Em sua opinião, parte dos que estão no poder atuam contra os libaneses que pediram o fim da ingerência da Síria, que exerceu um poder tácito sobre o Líbano durante anos.

Franjieh, deputado pelo norte do país, somou-se aos que pedem a formação de uma comissão internacional que analise todos os crimes cometidos no Líbano. Também afirmou que o assassinato de hoje "é uma morte anunciada que não surpreende ninguém".




Fonte: EFE

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