Publicidade
Repórter News - www.reporternews.com.br
Internacional
Segunda - 12 de Dezembro de 2005 às 09:05

    Imprimir


Quito - Pelo menos cinqüenta dirigentes de organizações sociais da Bolívia, Colômbia, Equador e Peru se reuniram neste fim de semana em Quito para planejar protestos contra o Tratado de Livre Comércio com os Estados Unidos.

Luis Zuñiga, representante de uma organização camponesa do Peru, afirmou que os protestos serão coordenados nas quatro nações andinas, com o objetivo de "demonstrar a estes Governos que estão equivocados" sobre as possíveis vantagens que obterão dos EUA.

O ativista peruano destacou que será feita, de maneira coordenada, "uma manifestação contra o tratado de livre comércio" no Equador, Colômbia e Peru, cujos Governos negociam com os EUA desde meados do ano passado, e também na Bolívia, que é observadora do processo.

O tratado com os EUA "é desigual, imposto" e afetará os mais pobres da região, afirmou o ativista, após identificar os setores agropecuário e industrial, como os mais propensos a sofrer os possíveis efeitos negativos do livre comércio.

"As conseqüências do tratado em países como o Peru são mais fome, mais pobreza e mais desemprego", afirmou Zuñiga, após lembrar que seu país já fechou o processo de negociação com os EUA, sem esperar Colômbia e Equador, que fizeram reparos em alguns capítulos do acordo, especialmente em agricultura e propriedade intelectual.

"A única forma de nos defendermos é com a mobilização", acrescentou Miguel Lara, coordenador do Movimento anti-livre comércio da Bolívia, que classificou o tratado como "uma corda no pescoço" para os andinos.

Os Governos de Equador, Colômbia e Peru devem assinar o acordo com Washington no ano que vem, embora segundo analistas, cada um o faria separadamente e se os EUA flexibilizarem sua posição com Colômbia e Equador, que ainda não concluíram as negociações.




Fonte: EFE

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/330780/visualizar/