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Politica Brasil
Sábado - 03 de Dezembro de 2005 às 14:19
Por: Marcos Lemos

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O juiz da 2ª Vara Federal de Mato Grosso, Jefferson Schneider, decidiu pela nulidade do ato de nomeação do superintendente da Caixa Econômica Federal, Edy Veggi. A decisão foi publicada no Diário da Justiça da União do dia 30 passado. Veggi, que anteontem participou de solenidade de inauguração de um conjunto habitacional em Cuiabá, pode recorrer da decisão.

O afastamento de Veggi foi concedido a partir de uma ação proposta na Justiça Federal pela senadora Serys Marly (PT) tão logo foi confirmada a nomeação do superintendente, indicado pelo deputado federal Pedro Henry (PP) com o respaldo do governador Blairo Maggi.

“Julgo procedente o pedido para declarar a nulidade do ato de nomeação de Edy Veggi Soares para o exercício do cargo de Superintendente de Negócios da Caixa Econômica Federal em Mato Grosso. Condeno os réus ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, os quais fixo em R$ 5 mil”, consta na decisão do magistrado.

A ação movida pela senadora petista é baseada em investigação administrativa disciplinar, na qual Edy Veggi Soares passou quando ocupava a função de gerente da CEF em Cuiabá. Para liberação de operações financeiras de altas somas de dinheiro para a Saneoeste, empresa de propriedade de Inês de Oliveira, irmã do ex-governador Dante de Oliveira (PSDB), Veggi não poderia fazê-lo sem consulta a um conselho gestor. Mesmo assim, Veggi liberou os recursos.

Este fato gerou uma investigação administrativa-disciplinar que por suposta ingerência política do ex-governador e da ex-secretária de Estado teria remetido a investigação para a Caixa Econômica no vizinho estado de Goiás. Punido e submetido a uma quarentena de dois anos, Edy Veggi acabou sendo nomeado para a superintendência da Caixa Econômica Federal em Mato Grosso poucos dias após ter encerrado o prazo de quarentena, o que gerou a ação civil pública julgada agora, dois anos após a nomeação do mesmo.

A assessoria de imprensa da Caixa Econômica Federal adiantou que o superintendente ainda não havia sido notificado da decisão judicial e aguardava para ver qual a decisão a ser tomada. Cabe recurso da decisão do magistrado ao Tribunal Federal de Recursos da 1a Região, com sede em Brasília.




Fonte: Diário de Cuiabá

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