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Sábado - 22 de Dezembro de 2012 às 08:30
Por: Vinícius Tavares

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 O presidente da Câmara Federal, deputado Marco Maia (PT-RS), designou três seguranças da Casa para oferecer asilo aos três deputados federais condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do Mensalão (Ação Penal 470), encerrado nesta semana.

Os agentes visitaram, na manhã desta sexta-feira (21.12), os gabinetes dos deputados João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar da Costa Neto (PR-SP) e ofereceram proteção caso o ministro do STF Joaquim Barbosa determinasse a prisão imediata dos condenados.


De acordo com uma fonte ouvida pelo Olhar Direto, os seguranças da Casa ofereceram como abrigo as dependências da Câmara e a residência oficial do presidente da Casa, que fica localizada no Lago Sul, área nobre da capital federal.

"Eles perguntaram se os deputados tinham interesse em utilizar os serviços de segurança enquanto estivessem em Brasília. Não levaram nenhum documento mas se colocaram à disposição de cada gabinete", revelou uma fonte que presenciou a conversa e pediu para ter sua identidade preservada por questão de segurança.

A medida preventida, no entanto, perderia sua validade às 13h30 (horário de Brasília), quando Joaquim Barbosa anunciou sua decisão e negou o pedido feito pelo procurador Geral da República, Roberto Gurgel. Com isso, os deputados condenados pelo Supremo, que tiveram seus mandatos suspensos por 5 votos contra 4, permanecem e liberdade provisória até que se esgotem possibilidade de recursos.

Procurado pela reportagem, o deputado federal Pedro Henry preferiu não comentar a decisão do ministro Joaquim Barbosa e alegou estar em uma consulta.

Indagado na tarde de quinta-feira se poderia abrigar os parlamentares no prédio da Câmara, na hipótese de o presidente do Supremo determinar a prisão dos deputados, Marco Maia afirmou ontem que não tinha esta resposta.

“Não sei, gente. Não tenho essa resposta ainda (se poderia abrigar os deputados). Primeiro, eu espero que isso (prisão imediata) não aconteça”, afirmou. Logo depois, ao ser novamente perguntado se não descartava a possibilidade, respondeu: “A Câmara é uma Casa aberta. Não fecha as portas nunca.”

A possibilidade de proteger os parlamentares foi proposta porque a Polícia Federal só poderia entrar no Congresso Nacional para executar uma ordem de prisão com autorização do Poder Legislativo.






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