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Sábado - 22 de Dezembro de 2012 às 08:15
Por: RENATA NEVES

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Como vice-prefeito, Malheiros teria salário de R$ 15 mil. Já como deputado estadual – fora a verba indenizatória -, tem
Como vice-prefeito, Malheiros teria salário de R$ 15 mil. Já como deputado estadual – fora a verba indenizatória -, tem
Presidente do diretório estadual do PR, o deputado federal Wellington Fagundes afirmou que o partido pleiteou a vaga de vice na chapa encabeçada pelo prefeito eleito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), porque contava com sua saída do cargo para disputar o governo do Estado em 2014.

Caso isso se concretizasse, o vice-prefeito eleito, João Malheiros (PR), se efetivaria no comando da prefeitura. Mendes, no entanto, já deixou claro que permanecerá no cargo durante os quatro anos de mandato, anúncio que frustrou as expectativas republicanas e foi um dos principais fatores que motivaram Malheiros a decidir renunciar ao cargo e retornar à Assembleia Legislativa.

“Vice-prefeito é uma expectativa. É aguardar para ter condições de ser prefeito. Naquele momento em que foi discutida a candidatura do Mauro, existia a possibilidade de ele não sair candidato a prefeito e aguardar a eleição ao governo do Estado. Depois, ele decidiu que seria candidato a prefeito, mas existia também a expectativa de que ele ficasse no cargo por apenas dois anos para ser candidato a governador. Passada a eleição, a posição do Mauro é clara: ele vai concluir o mandato de quatro anos”, declarou Fagundes.

Malheiros comunicou oficialmente Mendes e o partido sobre sua decisão na última quinta-feira (20). Na ocasião, segundo Fagundes, ele apresentou as razões que teriam fundamentado sua atitude.

“Essa é uma decisão de foro íntimo. Não tem como o partido obrigá-lo a tomar essa ou aquela decisão”, disse.

Além da impossibilidade de assumir em definitivo a prefeitura, Malheiros também teria levado em conta o fato de a estrutura e o salário disponíveis ao vice-prefeito serem menores que os de que dispõe um deputado estadual. “Malheiros não é um homem de posses, então depende do que ganha para viver”, justificou Fagundes.

Outro fator que pesou para sua decisão foi a participação do partido na Assembleia Legislativa, que seria reduzida de sete para seis deputados com sua saída. A saída de Nilson e Wallace para assumir as prefeituras dos respectivos municípios, por sua vez consolida na vaga de deputado os suplentes Emanuel Pinheiro (PR) e Alexandre César (PT). Caso Malheiros se afastasse do Parlamento, assumiria em seu lugar o suplente de deputado Adalto de Freitas, do PMDB.

Questionado se todos esses fatores não haviam sido levados em conta pelo deputado e pela legenda antes de oficializar sua candidatura a vice, Wellington Fagundes desconversou. “Entre os membros da nossa coligação, havia três candidatos: o Malheiros, o Nilson Santos e o Wallace Guimarães. Quem poderia prever que os três seriam eleitos?”.

Durante coletiva de imprensa concedida ontem para anunciar alguns dos secretários municipais, Mauro Mendes lamentou a decisão do companheiro de chapa. Negou ainda que tenha havido qualquer tipo de “negociata” para que ele assumisse o cargo.

Em nota, Malheiros afirmou que decidiu renunciar ao cargo por entender que, como deputado estadual, estará “em posição estratégica para continuar a me dedicar e colaborar com Cuiabá”.




Fonte: DO DC

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